Em um incidente muito incomum e improvável de acontecer, um bloco de gelo que caiu de um avião danificou o para-brisa de outro que voava 1.000 pés (cerca de 300 metros) abaixo.
A 35.000 pés (cerca de 10,7 km) de altitude, o Boeing 777 da British Airways estava voando de Londres-Gatwick para a Costa Rica na quinta-feira, 23 de dezembro, quando o gelo atingiu seu pára-brisa em “uma chance em um milhão”.
Os pilotos puderam prosseguir com o avião até San José, no país de destino, mas os reparos necessários representaram um desastre para os 200 passageiros que deveriam retornar a Londres no dia seguinte, a véspera de Natal.
O voo deles foi remarcado para a noite seguinte, o que permitiria chegar à Inglaterra ainda na manhã do Natal, porém, houve uma impossibilidade de desviar um avião da Jamaica para a Costa Rica, e eles foram forçados a passar mais uma noite no hotel do aeroporto, partindo somente no próprio dia festivo, com 50 horas de atraso.
Dados da plataforma RadarBox de rastreamento online de voos mostram que a aeronave alocada no serviço daquele dia, voo BA-2237, foi o Boeing 777-200ER registrado sob a matrícula G-YMMB. Após a chegada ao país centro-americano, o jato ficou em solo para reparos até o domingo, 26, finalmente partindo para Londres no voo BA-9606:
“Foi um estrondo”, disse uma pessoa que estava no avião, de acordo com o The Sun, ao comentar sobre o momento em que foi atingido pelo gelo. O portal não revelou se a fonte era um dos pilotos. A testemunha completou:
“É uma chance em um milhão de que isso aconteça, mas os passageiros e a tripulação têm sorte de que os aviões estavam voando na mesma direção e, com isso, a velocidade do gelo em relação ao Boeing 777 era relativamente baixa. O impacto poderia ter sido catastrófico se acontecesse com os aviões voando em direções opostas.”
A companhia publicou um comunicado sobre a situação e, para se desculpar com os passageiros que tiveram afetados seus planos para o dia de Natal, informou o reembolso do valor da viagem e o pagamento da quantia definida para atrasos longos:
“Nunca voaremos uma aeronave a menos que sintamos que é totalmente seguro fazê-lo e, nesta ocasião, nossos engenheiros não puderam liberá-la para voar. Desde então, nossas equipes têm trabalhado nos bastidores para fazer todo o possível para garantir que uma aeronave esteja pronta na primeira oportunidade para trazer clientes a Londres.
“Agradecemos a paciência e a compreensão de nossos clientes e de nossos engenheiros e colegas de equipe que também fizeram tudo o que podiam para ajudar, disse o oficial.
“A British Airways ofereceu um reembolso total a todos os passageiros afetados e também vai pagar as 520 libras por pessoa estipuladas para longos atrasos de acordo com as regras de direitos dos passageiros aéreos.”
