Como parte da quebra de empresas aéreas ou mesmo da aposentadoria de aeronaves, existe a prática no Brasil, e em vários outros lugares do mundo, de colocar as antigas máquinas fora de uso em locais remotos do sítio aeroportuário. Não é raro, portanto, que os viajantes avistem aeronaves jogadas ao tempo, sofrendo com elevado estado de degradação.
No entanto, isso deve acabar no aeroporto de Fortaleza, um dos principais terminais do nordeste brasileiro e conhecido por ter tido, num passado recente, uma área com vários aviões abandonados.
Atualmente, o cemitério de aviões cearense possui apenas uma aeronave parada, sendo que quatro outros, incluindo Boeings 727 e 737 que operaram pela extinta companhia TAF Linhas Aéreas, foram vendidos no ano de 2021, em leilões, e retirados, disse a concessionária Fraport Brasil para o Diário do Nordeste. O último deve ir embora em breve.
O espaço onde essas aeronaves costumavam ficar está localizado ao lado dos helipontos do terminal, próximo a CIOPAER (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas) e da pista 13-31. O cemitério já chegou a contar com 10 aeronaves paradas, isso no ano de 2013, tendo o número reduzido com o passar do tempo.
Aeronave repatriada a Alemanha
Em 2017, um caso de remoção de uma aeronave despertou curiosidade em toda comunidade aeronáutica local e internacional, quando o Boeing 737 (matrícula PT-MTB) foi comprado pelo governo da Alemanha por R$ 70 mil, após acordo com a Justiça Federal do Ceará.
Tratava-se de um modelo que foi sequestrado em outubro de 1977 por membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina, quando ainda voava pela Lufthansa. Anos depois do caso, o avião acabou parando nas mãos da empresa cearense TAF, até que foi estacionado com a suspensão das atividades da companhia brasileira.