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Uma sucessão de falhas acabou gerando um aviso de perda de sustentação (estol) em um Airbus A350 da Qatar nesta semana, enquanto sobrevoava o Irã.
Tudo aconteceu durante o voo de cruzeiro de duas aeronaves, um McDonnell Douglas MD-83 da Caspian Airlines, que voava entre as cidades iranianas de Teerã e Kish, e um A350 da Qatar voando de Doha para Los Angeles.
O MD-83 estava em voo de cruzeiro no nível 330 (~11 km de altitude) quando um problema no seu piloto automático fez com que subisse 400 pés (121m) de maneira inadvertida, segundo reporta o portal The Aviation Herald.
Ao fazer isso, a aeronave entrou na chamada “área de resolução” do TCAS do A350 da Qatar, que voava no nível de voo FL340, e agora ficou com apenas 550 pés (167 metros) de separação do MD-83.
O TCAS é um equipamento anti-colisão equipado em todas as aeronaves comerciais modernas, e utiliza de sinais emitidos pelo transponder de outras aeronaves para avisar sobre possíveis riscos de colisão e, em último caso, comandar uma manobra evasiva, como aconteceu com o avião da Qatar.
A manobra evasiva feita pelo A350 foi de subida para voltar à distância mínima de mil pés, exigidas nesta altitude no espaço aéreo RVSM (mínimo de separação vertical reduzido). Porém, a manobra de subida teria sido muito “brusca” e feito com que a velocidade do A350 reduzisse de maneira significativa, a ponto de acender o alerta de estol, que é quando a aeronave perde sua sustentação.
Este alerta é ativado quando o avião chega perto da velocidade mínima de sustentação, e pode ser uma buzina, luzes e até uma voz dizendo “STALL”, que é a palavra em inglês para estol, dependendo do tipo de aeronave.
Apesar do alerta, o Airbus não perdeu a sustentação e depois que o MD-83 voltou a sua altitude normal, o A350 também voltou para seu nível anterior. A ocorrência foi classificada como “incidente sério” pelas autoridades iranianas, que agora investigam o caso.