No último sábado, dia 14 de janeiro de 2023, a autoridade de segurança dos transportes dos Estados Unidos (NTSB) informou que abriu uma investigação sobre uma ocorrência registrada no norte do Oceano Atlântico, na posição N56.11 W46.15, que fica ao sul da Groenlândia.
Conforme reportado pelo The Aviation Herald, tal ocorrência foi registrada há pouco mais de seis meses, em 7 de julho do ano passado, e o avião envolvido é o Boeing 767-300ER matrícula N181DN, da Delta Airlines, quando realizava o voo DL-211 de Praga, na República Tcheca, para Nova York-JFK, nos EUA.
Com 221 passageiros e 12 tripulantes, a aeronave estava em rota na posição descrita quando os pilotos foram informados sobre um problema de inundação nos banheiros da parte intermediária, logo seguido por inundações no banheiro dianteiro esquerdo.
Algum tempo após o início da inundação, o piloto automático do Boeing 767 desconectou. Os pilotos tentaram acionar qualquer um dos três pilotos automáticos, porém, nenhum permaneceu conectado.
A aeronave começou a desviar para a direita e a correção para a esquerda não foi possível. Os pilotos entraram em contato com o despacho e manutenção da Delta, relatando controles de voo emperrados, e trabalharam na lista de verificação relacionada ao problema.
Logo depois, declararam emergência e desceram o avião, coordenando com o controle de tráfego aéreo um desvio para Gander, no Canadá. Cerca de 100 milhas náuticas (185 km) a leste de Gander, os controles de voo voltaram ao normal.
Os pilotos encerraram a emergência e decidiram desviar para o aeroporto de Boston, mais próximo de sua posição, porém, enquanto no FL110 (nível de voo de 10 mil pés de altitude, ou cerca de 3.000 metros), determinaram que o combustível seria suficiente para continuar para JFK e redefiniram o curso. A aeronave pousou na pista 04R do JFK por volta 4 horas e 15 minutos após o início da inundação.
Após o pouso em Nova York no dia 7 de julho, o Boeing 767 voltou a voar no dia 10 de julho, em um voo para a principal base da Delta, em Atlanta, onde ficou por mais dois dias e então voltou às operações regulares.
O órgão canadense de segurança dos transportes (TSB) já havia registrado a ocorrência e informado que, após o problema, a manutenção da Delta substituiu os dois mastros de drenagem de água cinza e uma vedação na plataforma inclinada de pressão do compartimento da roda esquerda, acima do mecanismo de centralização e compensação do aileron.
Também segundo o TSB, todos os sistemas de controle de rolagem e piloto automático foram inspecionados e os reparos efetuados conforme necessário.
Até a publicação dessa matéria, não havia mais informações sobre o algo que tenha levado o NTSB a iniciado uma investigação agora, seis meses após a ocorrência.
