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Academia de Força Aérea reúne cidades para falar de Risco de Fauna aos voos de instrução

Aviões T-27 Tucano, um dos modelos usados para instrução na Academia da Força Aérea

A Academia de Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), realizou no dia 07/03 uma reunião com a Comissão Externa de Gerenciamento de Risco de Fauna, com prefeituras, instituições ambientais e representantes dos municípios que compõem a área em que as aeronaves da Academia sobrevoam durante as instruções.

O evento faz parte do cronograma previsto pelo Manual de Gerenciamento de Risco de Fauna (MCA 3-8), do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), como uma das medidas preventivas no controle de colisão aérea ocasionadas por aves.

Durante a reunião, foi reforçada a importância do manejo correto dos resíduos sólidos nos municípios e a corresponsabilidade de evitar focos atrativos de fauna dentro da chamada Área de Segurança Aeroportuária (ASA), localizada no raio de 20 km da maior pista do aeródromo, e nas demais localidades onde ocorrem as instruções aéreas da Academia, como: Leme, Santa Cruz da Conceição, Analândia, Pirassununga, Descalvado, Santa Cruz das Palmeiras, Mogi Guaçu, Aguaí, Araras, Santa Rita do Passa Quatro, Casa Branca e Porto Ferreira, todas localizadas no interior de São Paulo (SP).

O Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Marcelo Gobett Cardoso, explicou a importância do diálogo entre as instituições: “A Academia representa a quinta maior atividade aérea do Brasil, com cerca de 20% de todos os voos da Força Aérea Brasileira. No entanto, o maior risco está relacionado à baixa altitude na qual voamos e nos deixam mais suscetíveis à colisão com pássaros. Por isso, é importante mitigar os riscos, compartilhar informações e focar em boas práticas sobre esse assunto, que é uma ameaça de extrema relevância para a instrução aérea realizada pela Academia”.

Imagem: Força Aérea Brasileira
Imagem: Força Aérea Brasileira

O Chefe da Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da AFA (SIPAA-AFA), Capitão Aviador Fernando Lopes da Silva, alertou que a maior parte das colisões com fauna ocorre fora do limite patrimonial do aeródromo. “Por isso, esse é o principal motivo da importância do envolvimento das prefeituras da nossa região no processo de gerenciamento de risco de fauna. Elas têm um papel fundamental na gestão de resíduos sólidos, que são o principal atrativo de urubus”, lembrou.

O Gerente da Companhia Ambiental do estado de São Paulo (CETESB), Jorge Luis Carizia, ressaltou as medidas preventivas que a empresa já está aplicando. “Precisamos trabalhar ativamente na precaução, evitando assim a ação corretiva. Estamos intensificando a fiscalização dos aterros sanitários e autuando as instituições que não estão agindo de forma adequada, aplicando algumas sanções”, disse.

Todos os participantes do evento enfatizaram a importância da educação ambiental nas escolas. “Precisamos despertar a conscientização da população para essa realidade e ensinar as crianças nas escolas, como uma simples ação de descartar o lixo de forma correta pode ajudar nas operações aéreas”, pontuou o Vice-Prefeito de Mogi Guaçu, Major Marcos Luiz Tuckumantel.

Informações da Força Aérea Brasileira

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