O trágico acidente que vitimou Marília Mendonça, dois pilotos e dois membros da equipe da cantora, recebeu uma classificação pelo CENIPA.
O acidente com o avião Beechcraft King Air C90 ocorreu no último dia 5, na cidade de Caratinga, na região leste de Minas Gerais. A bordo do avião estavam cinco pessoas, dentre elas a cantora sertaneja Marília Mendonça. O avião tinha saído de Goiânia, onde a cantora mora, para seguir até Minas, onde faria um show para um público estimado de 5 mil pessoas.
Durante a aproximação para o Aeroporto de Caratinga, a aeronave acabou colidindo com cabos da rede elétrica, que não estavam energizados segundo a CEMIG, Companhia de Energia de Minas Gerais. A CEMIG também afirma que a rede estava regular e fora da Zona de Proteção do Aeródromo.
Com a colisão, o avião perdeu controle e acabou caindo numa cachoeira próxima, com a força do impacto os motores acabaram saindo da carenagem e foram encontrados à frente da aeronave, mas a fuselagem não se desintegrou e não houve incêndio.
Desde o ocorrido, o CENIPA tem investigado as causas do acidente. Enquanto a fuselagem do avião seguiu para o Rio de Janeiro, os motores foram enviados a Brasília, onde serão analisados nas respectivas sedes do órgão submetido à Força Aérea Brasileira.
Por sua vez, segundo o painel do SIPAER, o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o acidente é tratado como CFIT – Controlled Flight Into Terrain, ou Voo Controlado Contra o Solo.
Pela definição, o CFIT é o acidente aeronáutico que ocorre quando uma aeronave, mesmo tendo seus equipamentos e sistemas funcionando bem e estando sob o controle de um piloto, colide com o solo, água ou obstáculo.
Porém, a descrição do CENIPA ainda informa que “a aeronave perdeu o controle de voo e colidiu com o solo”, e que as informações são preliminares, estando “sujeitas a modificações conforme o andamento dos trabalhos de investigação”, portanto, nenhuma conclusão deve ser tirada até que relatórios oficiais sejam apresentados após análises mais detalhadas.