O trágico acidente envolvendo um funcionário de 37 anos da American Airlines, em Austin, em abril passado, ganhou destaque na imprensa após a companhia aérea sugerir que o caso pudesse ter sido um suicídio. Um relatório policial e as últimas informações parecem indicar, no entanto, que a causa foi realmente a falta de manutenção de um rebocador pertencente à Menzies Aviation.
De acordo com o relatório, o rebocador tinha “vários problemas mecânicos”, incluindo falha no freio. No fatídico dia 20 de abril, o funcionário começou a empurrar uma aeronave para trás, mas o rebocador foi mais rápido que o normal, fazendo-o perder o controle e colidir com a estrutura do aeroporto, próximo ao portão de embarque 24. Como resultado, ele acabou prensado e preso nas ferragens, vindo a óbito no local.
Em 27 de abril, um detetive da unidade de homicídios veiculares, Kerry Kelly, disse que a polícia de Austin recebeu um e-mail alertando sobre um incidente com o mesmo veículo 10 dias antes, como resultado de uma falha no freio.
Um dos pontos de maior surpresa foi o fato de que, apesar de nenhuma droga ou álcool ter sido encontrado no corpo do funcionário vitimado, a American Airlines sugeriu que o caso fora suicídio. Como relata o NY Post, os colegas do funcionário não compartilharam a opinião da empresa aérea e o pai também não confirmou qualquer motivador para um suicídio.
Para os investigadores policiais, esse acidente seria facilmente evitado se a empresa contratada para a manutenção e reparo dos rebocadores tivesse sido rigorosa com suas responsabilidades. A forma como a companhia aérea lidou com todo este incidente também foi questionável, e parece ter um envolvimento do poder hierárquico como se tentasse minimizar as suas responsabilidades.
