O mercado para as ações das companhias aéreas brasileiras não está nada fácil e as empresas Azul e GOL atingiram alguns dos seus mais baixos patamares até agora, em face a uma posição de alta alavancagem e o risco de liquidez.
A Azul está hoje em seu pior patamar de ação, num nível abaixo do ápice da pandemia, quando os papéis das empresas aéreas despencaram no mundo todo com o fechamento de fronteiras e restrições de viagens. Já a GOL enfrenta o seu pior valor de mercado em 7 anos (e um dos piores de sua história) como aponta o InfoMoney, que cita o efeito Americanas e uma visão pessimista por parte daqueles que concedem crédito.
Recentemente, ambas as empresas aéreas tiveram sua nota de crédito rebaixada pela Fitch Ratings, num movimento sustentado pelo alto endividamento, que se reflete numa alavancagem alta com risco de não conseguir honrar dívidas e a necessidade de novos refinanciamentos e renegociações de contratos.
O dólar, apesar de estar estabilizado nos últimos meses, ainda encontra-se alto e sem perspectiva de queda a longo prazo (alguns analistas esperam a alta da moeda americana), o que pode continuar pressionando as contas das aéreas, que são altamente dolarizadas.
A crescente do preço do combustível também ajuda nesta matemática, que também é impulsionada pela alta taxa de juros. Analistas mais otimistas apontam que a situação só deve melhorar depois do terceiro trimestre, com preço alvo da ação da Azul em R$15 e da GOL em R$5,40. Nesta segunda-feira as ações das empresas fecharam cotadas em R$7,40 e R$5,59