Após os rumores da compra da LATAM Brasil pela Azul, o mercado de ações no Chile reagiu e os papéis da empresa tiveram a negociação suspensa, em intensa queda.
Enquanto as ações da Azul (AZUL4) registraram uma grande alta na brasileira Bovespa, no começo dessa semana (embora tenha voltado ao patamar dos R$ 42 tão rápido quanto saiu), o resultado foi inverso no Chile: uma queda de 22,9% das ações da LATAM na Bolsa de Santiago.
Segundo dados do portal América Economia, as ações da empresa na última quarta-feira foram de $2.189 pesos (R$15,79) para $1.688 pesos (R$12,18). Com a queda muito alta, maior do que 20% no fim do dia, a bolsa chilena suspendeu as cotações e negociações das ações da LATAM por algum tempo.
O processo é uma proteção do mercado quando existem quedas drásticas nas ações ou nos pontos da bolsa.
Assim como ocorreu com as ações da Azul, que viram um ganho abrupto, seguido de uma queda nos dias subsequentes, praticamente anulando os ganhos, as ações da Latam no Chile também tiveram um movimento similar, voltando a subir nos demais dias da semana.
Tal movimento mostra o quão sensível está o mercado a declarações de executivos das empresas – nesse caso, o CEO da Azul, John Rodgerson, citou que a empresa estava pronta para comprar uma outra empresa aérea e que essa poderia ser a Latam. Mas também podem indicar uma espécie de “alarme falso” que ganhou tração, levou às compras dos papéis, mas os investidores se acalmaram nos dias subsequentes, já que uma aquisição desse porte não é algo decidido e anunciado do dia para a noite, assim como a Latam se esforçou em desmentir o boato de estar sendo comprada.
Vamos esperar as cenas dos próximos capítulos.
A LATAM não tem ações diretamente negociadas na Bolsa de São Paulo, apenas em Santiago e Nova Iorque. As ações da então TAM Linhas Aéreas foram convertidas em BDRs (certificados de depósito de valores mobiliários emitidos no Brasil que representam valores mobiliários de emissão de companhias abertas com sede no exterior) e depois transformadas em ações da LATAM na Bolsa de Santiago.
