Aérea é acusada de não pagar comissários afastados por causa da Covid-19

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Após não liberar pilotos para tomarem a vacina contra a COVID-19, uma empresa aérea é acusada de não pagar os dias que comissários ficaram afastados com atestado.

Avião Embraer ERJ-145 American Airlines Eagle
Imagem: PlanespotterA320 / CC BY-SA 4.0

A nova polêmica da Piedmont Airlines, subsidiária regional da American Airlines que opera sob a marca American Eagle, agora gira em torno dos comissários.

Segundo o Sindicato de Comissários (AFA-CWA), a empresa não tem pago os dias que os comissários não estão trabalhando enquanto estão de licença médica após testarem positivo para o novo Coronavírus.

“A gerência nos forçou a usar nossa própria licença médica quando testamos positivo para COVID, provavelmente no trabalho, ou quando solicitados a entrar em quarentena devido a uma exposição à COVID por alguém próximo”, disse em comunicado o sindicato. “Quase nenhuma outra companhia aérea exige que os comissários de bordo usem suas próprias licenças médicas para ausências relacionadas à COVID.”

O acordo do sindicato prevê que licenças médicas sejam pagas, ainda mais em situações em que a doença foi adquirida no exercício da profissão. Inclusive a Piedmont seria a única empresa regional da American Eagle a não estar cumprindo o acordo.

Um dos motivos seria que, após testar positivo, os médicos recomendam ao menos 10 a 15 dias de afastamento – que é o período em que a pessoa pode ainda transmitir o vírus mesmo se apresentar melhora nos sintomas -, e ficar com funcionários com semanas de afastamento não estaria agradando à administração da empresa.

Dessa forma, para forçar um retorno mais rápido, a empresa não estaria pagando os dias de atestado.

Na polêmica anterior quanto à vacinação dos pilotos, a empresa justificava que, devido à alta na demanda de voos em meio à recuperação da pandemia, ao liberar os pilotos para vacinação ficaria impedida de acioná-los na escala durante 48 horas, prejudicando as operações.

A empresa afirmava que “reconhece o desejo dos profissionais de serem vacinados assim que possível, ao mesmo tempo que encoraja que todos os pilotos sejam vacinados, mas o requerimento de descanso de 48 horas antes de retornar ao trabalho está causando sérios problemas na escala de trabalho”.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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