Aérea asiática não forçará mais as comissárias de voo a se demitirem quando engravidarem

Imagem: Singapore Airlines

Em uma decisão ao melhor estilo “antes tarde do que nunca”, a empresa aérea Singapore Airlines não vai mais forçar as comissárias de voo a se demitirem quando ficarem grávidas. As informações foram compartilhadas pelo noticiário do Straits Times, que teve acesso a um memorando interno da empresa.

Pela política atual da empresa, assim que a comissária de voo informava que estava grávida, ela era retirada imediatamente do grupo de voo e forçada a tirar licença não-remunerada durante a gravidez. Quando o bebê nascesse, ela era forçada a rescindir o contrato de trabalho.

O memorando foi enviado em 12 de julho, mas apenas agora chegou à imprensa local. Ele dizia que a política estava sendo alterada “para apoiar ainda mais nossa tripulação de cabine durante e após a gravidez”. Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, no entanto, a quebra desse paradigma se dá num cenário em que a empresa precisa se adaptar à maior parte do mundo a fim de atrair profissionais.

Como é prática padrão para muitas aéreas internacionais, as comissárias grávidas ainda ficarão em terra e a Singapore Airlines não garantirá nenhum pagamento, mas diz que agora oferecerá posições temporárias em solo sempre que disponíveis.

Ainda assim, a companhia aérea manterá seus padrões estéticos rigorosos e alguns observadores temem que isso possa significar que as novas mães sejam repreendidas por estarem acima do peso.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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