Aérea cargueira conhecida pelos Boeing 747 de segunda mão agora vai atrás do triplo-sete

Avião Boeing 747-400F Jumbo Aerotranscargo
Imagem: Shadman Samee / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

O grupo Aerotranscargo, com sede na Moldávia e uma base operacional nos Emirados Árabes, está ampliando seus horizontes com o aporte de US$ 300 milhões na forma de títulos bancários. Um dos objetivos do “dinheiro novo” é aumentar a frota com aeronaves Boeing 777 usadas, que se somarão aos clássicos Boeing 747 que, vez ou outra, aparecem no Brasil em voos fretados.

As informações sobre a captação dos recursos foram compartilhadas pela Reuters, que citou que um roadshow vem sendo realizado pelos bancos de investimentos sindicalizados nesse processo. Do total do montante esperado, US$ 250 milhões servirão para melhorar a capacidade da frota, US$ 22,5 milhões para despesas corporativas gerais, US$ 20 milhões na nova sede em Sharjah e US$ 7,5 milhões para taxas e despesas de transação. A Fitch atribuiu à emissão um rating “RR4”.

O negócio principal da Aerotranscargo são contratos de um a três anos com operadores de logística com foco em remessas de comércio eletrônico da China para a vários lugares do mundo. Sua frota hoje é composta por sete Boeing 747-400 cargueiros, todos comprados em barganhas ao redor do mundo e que mantém, inclusive, as cores básicas de seus operadores anteriores (ou são totalmente brancos).

As aeronaves, por sua vez, são bastante antigas, com uma idade média de frota de 29 anos. O triplo-sete, por ser mais novo, vai certamente diminuir este número.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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