Aérea que já operou mais de 300 aviões da Embraer agora está perto de fechar as portas

Nos seus tempos áureos, a empresa americana ExpressJet (atualmente chamada aha!) chegou a ter quase três centenas de jatos da Embraer voando, mas hoje a companhia amarga a necessidade de recorrer ao famigerado Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA e, no limite, poderá ser liquidada. O pedido para tal procedimento foi colocado pela empresa em 23 de agosto de 2022.

A companhia aérea disse que a falta de aeronaves disponíveis no mercado e a “incapacidade de estabelecer rapidamente a infraestrutura de atendimento aos passageiros em aeroportos menores” prejudicaram seus planos de crescimento. 

Tendo sofrido com a pandemia, a ExpressJet também destacou o fracasso em lançar ofertas de pacotes hoteleiros, que deveriam ser centrais para seu modelo de negócios, bem como os altos preços dos combustíveis e outros custos inesperados como motivos para seu colapso.

“Uma combinação de condições nos levou a esta decisão. Apesar dos esforços de nossos funcionários para superar os desafios, e apesar do grande apoio de nossas cidades e aeroportos – especialmente Reno-Tahoe e a comunidade local, chegamos a um ponto em que o encerramento das operações foi do melhor interesse de nossos acionistas”, disse o presidente e executivo-chefe Subodh Karnik.

Antes da pandemia, a ExpressJet era uma das maiores prestadoras de serviços regionais para a United Airlines. No entanto, em setembro de 2020, a United decidiu concentrar toda a operação com aeronaves Embraer ERJ-145 na CommutAir (hoje CommuteAir), deixando a ExpressJet sem um contrato.

Um ano depois, a ExpressJet viria anunciar um novo início de operações, independente, mas que acabou não avançando.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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