Aérea toma multa milionária após funcionário ser esmagado por carrinho de bagagem

Foto de Warren Rohner, via Wikimedia

A British Airways foi multada em £ 1,8 milhão (equivalente a US$ 2,5 milhões) depois que um funcionário ficou gravemente ferido ao ser esmagado por um rebocador de bagagens no Aeroporto de Londres – Heathrow em março de 2018. A situação ilustra a importância de se respeitar a sinalização e apenas transitar à pé nas áreas indicadas.

Segundo a iTV, o funcionário estava caminhando por uma via comumente usada pelos rebocadores, embaixo do Terminal 5 de Heathrow quando foi atropelada. Em seguida, ele caiu sob um segundo rebocador que estava puxando carrinhos carregados com bagagem pesada. Informações dão conta de que o trabalhador não morreu, já que não teria sido atingido em uma parte vital, mas teve sérios ferimentos por esmagamento.

Os investigadores do Health and Safety Executive (HSE) analisaram o caso e descobriram que os carregadores de bagagem da British Airways costumavam usar uma via proibida para caminhar à pé por, pelo menos, 10 anos. Esta prática insegura era comum, os investigadores concluíram.

“A investigação também identificou falhas significativas na gestão geral de riscos de saúde e segurança, e de transporte no local de trabalho, incluindo questões relacionadas à supervisão e monitoramento, avaliação de riscos e treinamento”, disse a HSE em nota. “A situação na área de bagagens no Terminal 5 de Heathrow era um acidente esperando para acontecer”.

A British Airways se declarou culpada de violar a Lei de Saúde e Segurança no Trabalho e foi multada em £1,8 milhão. Em nota, um porta-voz da empresa aérea afirmou: “A segurança de nossos colegas e tripulantes é sempre nossa prioridade e lamentamos profundamente que este incidente tenha ocorrido, apesar das medidas que tínhamos em vigor. Temos trabalhado muito para aprender com essa experiência e implementar melhorias adicionais em nossos procedimentos de segurança”.

A resposta da empresa aérea não convenceu, sobretudo porque foram nada menos do que 10 anos de práticas irregulares. Resta agora pagar a multa, enquanto o funcionário teve a vida completamente alterada após o acidente. Aos demais funcionários, fica a lição de usar apenas as áreas indicadas para caminhar.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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