Aérea vence recurso contra comissária que teve emprego de volta, mesmo após não trabalhar direito

Boeing 737-800 Virgin Australia
Boeing 737-800 da Virgin Australia – Imagem: Kgbo, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia

A companhia aérea Virgin Australia ganhou um recurso interposto contra uma decisão judicial que ordenou à companhia aérea recontratar uma comissária de bordo que foi demitida após diversas falhas, dentre elas, cochilar durante um voo e assistir a um filme enquanto deveria estar trabalhando.

Conforme reportado pelo AEROIN no ano passado, Devania Blackburn, uma comissária veterana que trabalhava para a Virgin Australia havia 14 anos, foi demitida pela empresa em julho de 2021, após uma série de alegações que levaram a uma investigação interna.

A série de alegações feitas contra Blackburn incluía o roubo de pacotes de comida que deveriam ser distribuídos em voos, atrasos no trabalho e violação dos padrões companhia aérea ao não usar maquiagem ou meias.

Após sua demissão, Blackburn fez uma reclamação à Comissão de Trabalho da Austrália e, em julho passado, a comissão que supervisionava o caso decidiu que Blackburn deveria receber seu emprego de volta.

Na época, o tribunal considerou que sua demissão foi “dura, injusta e irracional”, mas admitiu que Blackburn contribuiu para sua situação porque ela “confiava de forma beligerante” em sua própria experiência em vez de cumprir procedimentos e políticas.

A comissão também disse que a Virgin Australia não levou em consideração o desempenho anterior de Blackburn ou as circunstâncias pessoais e determinou que Blackburn carecia de treinamento específico.

No entanto, conforme noticia a mídia australiana, a Virgin Australia entrou com um recurso contra o veredito, argumentando que a comissão cometeu uma série de erros em sua decisão, incluindo a de ignorar advertências disciplinares anteriores que Blackburn havia recebido.

A justiça agora ficou do lado da Virgin Australia, concluindo que os anos de serviço de Blackburn para a companhia aérea não “superam a conduta insatisfatória” que ela teve. O tribunal também concluiu que Blackburn estava ciente da conduta exigida durante seu voo de treinamento e que ela “optou por não cumprir os procedimentos corretos”.

Até o momento, a companhia aérea não comentou o caso e nem o novo desligamento da comissária de bordo.

Leia mais:

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

Veja outras histórias