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Com a notícia da proximidade da liberação do avião Boeing 737 MAX, as companhias aéreas do mundo todo que têm esse modelo de aeronave em sua frota têm se preparado para recolocar o avião em operação, após quase 2 anos de proibição, porém, com ressalvas sobre a imagem em relação ao nome junto aos passageiros.
Quando a Boeing lançou o modelo de aviões, a estratégia da nomenclatura MAX era de mostrar o valor dessa aeronave.
A promessa é de um avião com mais autonomia, mais desempenho, menos queima de combustível e mais sustentável do que seus modelos anteriores e, principalmente, um avião para concorrer com a família A320neo da fabricante europeia Airbus, que foi construída com o mesmo intuito.
Mas algumas companhias têm se mostrado relutante de utilizar a “marca” MAX na nomenclatura da aeronave em suas publicações externas, principalmente no que diz respeito ao ‘marketing’, provavelmente devido à associação entre o nome e o motivo que levou à proibição das operações do novo modelo do Boeing 737.
Um exemplo disso é a companhia aérea americana American Airlines, que pretende recomeçar a operação com o MAX em 29 de dezembro no trecho Miami – Nova Iorque. Segundo fontes disseram à Reuters, a nomenclatura MAX da frota aparecerá no sistema de compra de passagens, mas foi retirada dos cartões de segurança deixados nos bolsões das poltronas.
Um porta-voz da empresa americana confirmou a informação, mas negou que tenha sido relacionado ao marketing da empresa. Segundo ele, essa foi uma ação para simplificar a produção das informações e que o mesmo procedimento é utilizado em outros modelos de aviões, ou seja, não existem cartões de segurança específicos para cada sub-modelo de nenhum avião.
Segundo o New York Post, outras empresas mostraram uma tendência de não enfatizar a nomenclatura MAX em suas publicações. A Air Poland fez referência à sua frota do modelo em um comunicado feito em agosto de 2020, mas apenas como Boeing 737-8.
Na mesma linha, a Air Canada, em comunicado à imprensa sobre ganhos trimestrais publicado na semana passada, utilizou a mesma fraseologia apenas numérica para nomear a sua frota de MAX, utilizando o nome de batismo do modelo apenas nas notas de rodapé.
Mesmo com toda essa onda de incertezas sobre como será a confiança dos passageiros no novo B737, existe uma confiança muito grande que o MAX possa impulsionar a retomada das empresas aéreas clientes desse modelo no pós-crise. A própria companhia aérea brasileira Gol Linhas Aéreas aposta muito na sua frota de 737 MAX, e pretende recolocá-los em operação o mais rápido possível.
Especialistas da indústria da aviação civil informaram à Reuters que o nome MAX deve ser eliminado gradualmente e que essa decisão parte dos clientes da fabricante, ou seja, as companhias aéreas. Um dos especialistas chegou a afirmar que “clientes estão dizendo que o nome MAX está contaminado”.
Contextualizando o passado
O modelo Boeing 737-8 MAX foi retirado de operação para uma reengenharia após dois grandes acidentes, um com a companhia aérea Lion Air e outro com a Ethiopian Airlines, vitimarem 346 pessoas. As investigações dos acidentes apontaram diversas falhas no modelo, desde a falta de preparação dos pilotos para operar a aeronave, até falhas técnicas em sistemas de leituras do avião.
Descobertas essas que levaram o CEO da montadora americana Boeing a assumir a culpa sobre os acidentes.
O acidente da Lion Air aconteceu em 29 de outubro de 2018 e vitimou 189 vidas, já o acidente da Ethiopian Airlines aconteceu em 10 de março de 2019 e contou mais 157 vítimas.
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