Companhias aéreas russas, incluindo a estatal Aeroflot, começaram desmontar aeronaves para mitigar a escassez de peças diante das sanções ocidentais contra seu país, após a invasão na Ucrânia. Pelo menos um Airbus A350 e um Sukhoi Superjet 100, bem como dois Boeing 737 e Airbus A320, estão entre os aviões que estão sendo canibalizados para fornecer peças de reposição a outras aeronaves, segundo informa a Reuters.
Em junho passado, conforme noticiado pelo AEROIN, o Primeiro-Ministro da Indústria da Defesa e Espaço, Yury Borisov, já havia dado indícios de que a canibalização de aeronaves aconteceria para suprir a falta de peças.
“Claramente, não podemos reproduzir tudo: Não temos a documentação técnica ou tecnológica. Então provavelmente iremos remover certos componentes quando a degradação da frota começar, temos que manter isso em mente”, disse ele.
Além da canibalização, a autoridade aeronáutica Rosaviatsiya emitiu certificados para cinco empresas russas para o desenvolvimento de peças de reposição para aeronaves Boeing e Airbus. Por ora, no entanto, está autorizada a produção apenas de certas partes do interior das aeronaves.
Não há informações sobre a matrícula do Airbus A350 que está sofrendo a canibalização, no entanto, a fonte disse que a aeronave está praticamente nova. Atualmente, segundo dados do Planespotters, a Aeroflot tem 7 Airbus A350 XWB, sendo 5 em operação e 2 estacionados, todos com uma média de 1,7 anos de idade.
Quem sofre mais com a retirada de peças são os Boeing 737 e Airbus A320 da Aeroflot, que são em maior número na frota. Já o Sukhoi teve um de seus motores retirado e transferido para outro jato de mesmo modelo. Apesar de ser montado na Rússia, a aeronave também depende de peças ocidentais.
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