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A falta de conectividade aérea na Argentina não seria atualmente representada apenas pela suspensão das operações devido à pandemia de Coronavírus, mas também por uma falta de “conectividade discursiva” à mídia e à opinião pública, que existe em assuntos da indústria aérea entre Ministério dos Transportes, Aerolíneas Argentinas e Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Segundo o portal argentino Aviacionline, em junho, fontes do setor de transportes declararam que os voos comerciais poderiam ser reiniciados no meio de julho, operando rotas interprovinciais partindo de Córdoba, a fim de evitar o epicentro da pandemia na Argentina: a área metropolitana de Buenos Aires.
Algumas semanas depois, soube-se que a Aerolíneas Argentinas havia submetido ao Ministério dos Transportes um plano de reativação de operações com três alternativas, uma das quais contemplava precisamente a base de Córdoba.
Muitos consideraram isso quase um fato, mas a realidade da pandemia prevaleceu e, com o número de casos em ascensão, esses planos foram congelados. Ou não, porque as fontes da Aerolíneas Argentinas na época já haviam indicado ao Aviacionline que aquilo que era relatado pelo Ministério como “quase um fato” eram propostas que nunca haviam sido confirmadas, portanto, nem mesmo existiram planos concretos para serem congelados.
E eis que na semana passada, novamente, alguns meios de comunicação gerais, citando fontes do Ministério, mencionaram que a Aerolíneas Argentinas basearia cinco jatos Embraer E190 em Córdoba para operar algumas rotas para destinos no norte e no sul do país (foi vazada uma programação de dois voos semanais em direção a Posadas, Rosário, Resistência, Iguazú, Mendoza, Comodoro Rivadavia, Neuquén e Bahía Blanca, entre outras cidades).
Porém, fontes da empresa em contato com o portal argentino novamente negaram essa possibilidade, pelo menos não como algo concreto.
E agora, na manhã desta terça-feira, 21, no contexto de uma entrevista realizada no programa Perros de la Calle da rádio Metro, Mario Meoni, ministro que chefia o Ministério dos Transportes, disse que “em princípio, os voos domésticos vão começar entre as províncias. De Córdoba ao sul e ao norte, e de Rosário a diferentes cidades do sul.”
Meoni também mencionou que eles tiveram reuniões na semana passada com representantes do Ministério da Saúde e com o presidente da Aerolíneas, Pablo Ceriani, e a chefe da ANAC, Paola Tamburelli, na esperança de “retomar rapidamente os voos regulares”.
Que bagunça, Argentina!
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