Aeronautas da Total aprovam acordo de redução de jornada

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Os aeronautas associados da Total Linhas Aéreas, que voam o equipamento ATR, aprovaram nesta sexta-feira (23), em assembleia realizada on-line, a proposta apresentada pela empresa para um novo Acordo Coletivo de Trabalho.

© Divulgação

O acordo foi feito através de uma Assembleia Geral Extraordinária Plebiscitária Permanente e tem vigência de 14 de outubro de 2020 até 31 de dezembro de 2020, abrangendo todos os tripulantes da companhia com contrato de trabalho ativo e que exercem suas atividades no equipamento ATR.

Os aeronautas atuarão em jornada parcial de trabalho, que foi reduzida em 70% em relação ao período pré-pandemia, passando a ter um número mínimo de 24 folgas nos meses de novembro e dezembro e de 14 folgas no restante deste mês de outubro.

Com a redução da jornada, o salário dos aeronautas será reduzido em 70%, mesma proporção da redução de jornada, ficando os mesmos elegíveis a receber o auxílio emergencial de preservação do emprego e renda custeado pelo Governo Federal.

O valor que os aeronautas receberão no benefício do governo será de 70% do valor que os mesmos teriam direito caso perdessem o emprego e pleitassem o seguro-desemprego.

A empresa manteve praticamente todos os benefícios dos aeronautas. O único ponto que muda neste acordo é o não pagamento do vale-alimentação, independente do valor recebido pelo aeronauta. Normalmente, quando os aeronautas não alcançam um certo valor de salário, a empresa paga uma compensação através do V.A.

A incidência da compensação orgânica que os aeronautas teriam direito também foi suspensa durante a vigência do acordo.

Em contrapartida à redução de salário e de jornada, a empresa pagará uma Ajuda Compensatória Mensal, sem natureza salarial e sem incidência de imposto de renda.

Em outubro o valor dessa compensação será de:
– R$ 1.051,61 para Comandantes;
– R$ 636,54 para Copilotos e;
– R$ 331,03 para Comissários.

Em novembro e dezembro, os valores serão de:
– R$ 1.811,12 para Comandantes;
– R$ 1.096,27 para Copilotos e;
– R$ 570,12 para Comissários.

Outra contrapartida do acordo é a garantia de emprego dos aeronautas da companhia no período de vigência do acordo, e pelo mesmo período do acordo após reestabelecimento dos termos originais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Lembrando que esse acordo se deve ao cenário atual que o setor aéreo vive e tem como foco a preservação de empregos e a recuperação da companhia em busca da sua saúde financeira.

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Claudio Brito
Claudio Brito
Apaixonado por aviação desde o berço como filho de comissário de bordo, realizou o sonho de criança se tornando comissário em 2011 e leva a experiência de quase 10 anos no mercado da aviação. Formado Trainer em Programação Neurolinguística, conseguiu unir suas duas paixões, comunicação e aviação.

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