O tradicional aeroporto belo-horizontino Carlos Prates, localizado a 7 km do centro da cidade, e que, como informado anteriormente pelo AEROIN, já tem seu prazo de desativação conhecido, pode dar espaço ao programa habitacional Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida) do Governo Federal.
Segundo informações divulgadas pelo Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, em entrevista ao jornal “Itatiaia Agora”, da Rádio Itatiaia, o início da construção do empreendimento residencial poderá ter início após a venda da área do aeroporto, sem necessitar da realização de leilão.
Diogo, explicou que a venda pode ser viabilizada por meio do uso do Fundo de Investimento Imobiliário, o FII, regulamentado pela Lei nº 8.668 de 1998 com destinação ao mercado imobiliário pelo programa recém-lançado pelo Governo Federal, o “Incorpora, Brasil!”, que regulamenta a aplicação de sondagem de mercado visando à obtenção de subsídios para auxiliar na estruturação de FII com imóveis da União.
Com o uso dessa ferramenta, é possível que no momento da abertura do edital a Secretaria já pode definir o que pode ou não ser feito com a área, seguindo o previsto no Plano Diretor da cidade de Belo Horizonte. Sendo assim, quem define os usos da área, que neste caso possuí praticamente 60 hectares, é o Governo Federal e não o comprador.
Diogo também afirma que segundo o Plano Diretor de BH, está previsto que a área do Carlos Prates seja utilizada para uma área verde, incluindo parques de uso comum, e a outra parte pode servir para a construção de habitações de interesse social, como da Casa Verde e Amarela.
“Com isso, a gente consegue criar um projeto que já nasça certo, com plano urbanístico, que dê para à população do entorno equipamentos públicos de qualidade e áreas de lazer”, comenta o secretário.
Vale ressaltar que o aeroporto ganhou no mês passado um novo prazo de desativação, passando de 31 de dezembro de 2021 para 1º de maio de 2022.
Confira a entrevista:
