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Aeroporto de Confins conquista o reconhecimento como Green Airport pelo terceiro ano seguido

O BH Airport foi reconhecido como um Aeroporto Verde pelo Conselho Internacional de Aeroportos (Airports Council International) – ACI pela terceira vez. A conquista do Green Airport se deu durante a conferência anual da ACI-LAC, realizada em Miami, nos Estados Unidos, entre 5 e 7 de novembro. 

O reconhecimento foi obtido por meio de um projeto de descarbonização, implantado no BH Airport, o 400HZ +PCA elétrico. A iniciativa consiste em acoplar nas pontes de embarque equipamentos para fornecimento de energia elétrica, de fonte renovável, e ar-condicionado às aeronaves durante os serviços de solo.

Até 2022, eram utilizados o querosene de aviação e os geradores à diesel. Hoje, Azul, Latam e Gol contam com a solução, que está disponível em 20 posições no pátio do aeroporto. Com isso, aproximadamente 203 mil litros de óleo diesel deixarão de ser utilizados anualmente, o que representa uma redução estimada de 450 toneladas de gás carbônico emitidos na atmosfera.  

O diretor-presidente, Daniel Miranda, esteve presente no evento e ressalta o orgulho de ver o aeroporto novamente no topo mais alto quando o assunto é a sustentabilidade. “As práticas ambientais são uma realidade no aeroporto, assim como a sustentabilidade é um importante pilar estratégico.

Receber esse reconhecimento pela terceira vez consecutiva mostra a consistência do nosso trabalho e como o meio ambiente é valorizado pela companhia. Além disso, é preciso ressaltar a grandiosidade do projeto 400HZ para a descarbonização”, destaca. 

Ao todo, foram investidos cerca de R$ 36 milhões na implantação do projeto 400HZ + PCA no BH Airport. “A eletrificação desses processos trouxe eficiência financeira, redução de ruído e, principalmente, das emissões de gases de efeito estufa, o que torna as nossas operações mais sustentáveis. A proposta do projeto foi substituir a utilização de combustíveis fósseis pelas companhias aéreas durante operações em solo”, explica Geovane Medina, gestor de Produtos e Serviços Aeroportuários e do Terminal de Cargas do BH Airport. 

Antes do início do projeto, o processo era o seguinte: a aeronave pousava no aeroporto e, logo, tratores traziam os equipamentos, movidos a querosene e diesel, que eram responsáveis por manter a aeronave e o seu ar-condicionado ligados.  

A companhia aérea ainda tinha a alternativa de usar o APU (Auxiliary Power Unit ou Unidade Auxiliar de Energia) que é um terceiro motor, que geralmente se localiza na cauda do avião, e funciona como uma pequena turbina, muito utilizado durante o pré-voo, para manter os sistemas do avião em funcionamento no embarque de passageiros, assim como prover energia durante o voo.

Quando em operação, o APU utiliza o mesmo querosene dos tanques das aeronaves e seu funcionamento contribui com emissão de gás carbônico no meio ambiente. Com isso, manter o APU ligado não é a melhor alternativa para as companhias aéreas.  

“O projeto 400 HZ e PCA contribui exatamente para que as empresas não utilizem o APU e os equipamentos movidos a querosene e diesel. A ideia é realmente contribuir para a preservação do meio ambiente e proporcionar um ganho de eficiência para as empresas aéreas. Para se ter uma ideia, Azul, Latam e Gol têm uma redução de cerca de 30% dos custos que envolvem essa operação, com a utilização dos novos equipamentos”, explica Geovane Medina. 

Informações do BH Airport

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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