O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vistoriou na manhã desta segunda-feira (28) o andamento das obras de modernização e melhorias da estrutura do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os trabalhos envolvem, principalmente, a construção de uma nova área de escape da pista de pouso, além de reforma e adequação de algumas áreas do terminal para permitir a operação internacional da aviação geral executiva – modalidade que Congonhas deixou de ofertar nos anos de 1980 e tenta se reabilitar.
Administradora do aeroporto, a Infraero está investindo R$ 122,5 milhões na nova área de escape do sistema de pistas de Congonhas, que é dimensionada para desacelerar aeronaves em procedimento de pouso que vierem a ultrapassar os limites da pista.
Será a primeira pista da América Latina a contar com a tecnologia EMAS (Engineered Material Arresting System), que consiste no uso de blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave ultrapassa o fim da pista, aumentando a segurança das operações de pouso e decolagem. A previsão é que essa etapa, executada pelo consórcio Kibag/Conserva, seja concluída em maio de 2022.
EXECUTIVA – A Infraero aproveita o período de menor movimento no setor aéreo, ainda impactado pela crise sanitária da covid-19, para acelerar o trabalho. A previsão é que a obra, iniciada em junho deste ano, seja concluída até outubro. São investidos R$ 2,5 milhões, do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), nessa etapa. “Estamos adequando o espaço para o início da operação internacional da aviação executiva em Congonhas”, afirmou Tarcísio.
Conforme a Infraero, o projeto do terminal internacional da aviação executiva prevê instalações para a Polícia Federal, com escritório e salas de inspeção; alfândega da Receita Federal, incluindo área de catering e depósito de bens apreendidos; Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com salas de atendimento, higienização e confinamento. Outras melhorias são as instalações sanitárias, copa, lounge e acomodações requeridas para o conforto dos passageiros e o adequado desempenho das atividades.
“A internacionalização da aviação executiva abre um amplo campo de negócios para a aviação geral no terminal aeroportuário central da capital paulista. Já neste ano, vamos proporcionar condições de acesso e deslocamento à altura das necessidades do setor empresarial e também das viagens de turismo a outros países”, destacou o superintendente da Infraero no aeroporto, João Márcio Jordão, que recebeu o ministro em Congonhas nesta manhã.
OUTRAS OBRAS – Os trabalhos em Congonhas incluem ainda sala de embarque remota (R$ 4,7 milhões, a ser concluída no início do segundo semestre); sistema de ar-condicionado (investimento de R$ 875 mil e previsão de conclusão também para o segundo semestre); expansão do sistemas de Televisão de Vigilância (STVV), de 199 para 440 câmeras (R$ 11 milhões e entrega no início do segundo semestre), sinalização vertical (R$ 4,2 milhões e entrega até o fim do ano) e Precision Approach Path Indicator (PAPI), sistema que sinaliza ao piloto a rampa ideal de descida (R$ 1,5 milhão, com previsão de conclusão até o fim do ano). Ao todo, sete empresas e/ou consórcios participam das obras em Congonhas, que totalizam investimento de R$ 146.775.000,00.
Com informações da Infraero e do Ministério da Infraestrutura
