Aeroporto de Fernando de Noronha deve ficar um ano sem receber aviões a jato

Azul voava com Embraer E195 para a Ilha

O Aeroporto de Fernando de Noronha deve ficar um ano sem receber a operação de aeronaves a jato, devido aos problemas identificados em sua pista de pouso. As informações, apuradas pela Rede Globo junto ao Governo de Pernambuco, confirmam que a contingência (operação com aviões turboélices) deverá durar mais tempo do que muitos imaginavam.

Em 12 de outubro, a ANAC restringiu os voos de aviões com motores a jato no local, como parte de uma decisão drástica tomada diante da inação do administrador do aeroporto, que não fez a manutenção que deveria na pista. Segundo a Agência, foram três anos monitorando as condições operacionais e solicitando medidas corretivas que não foram feitas.

Como resultado, dezenas de turistas que já estavam na ilha foram afetados, pois ficaram sem ter um voo de volta imediatamente disponível (alguns estão presos até hoje por lá, como retrata a matéria do Jornal Hoje citada acima) e outros que iriam num futuro próximo e tiveram seus voos cancelados. Além disso, dada a limitação, apenas a Azul poderá operar imediatamente no terminal com aeronaves menores e isso deve encarecer os voos.

A restrição deveu-se à verificação de risco à segurança das operações, dos passageiros e tripulantes e será mantida até que o operador aeroportuário demonstre o cumprimento das determinações definidas pela Agência, no âmbito dos requisitos de segurança operacional (manutenção, operações aeroportuárias e resposta à emergência) contidos no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 153 e na Resolução n° 279/2013.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias

Aproxima-se a 36ª Conferência de Serviços de Assistência em Solo da IATA,...

0
A 36ª IGHC se concentrará na integração de práticas mais sustentáveis ​​em todos os aspectos das operações de assistência em solo.