
Depois que a Emirates foi a público para chamar a administração do aeroporto de Londres – Heathrow de “incompetente” e “arrogante”, foi a vez da outra parte dar continuidade à guerra de palavras, dizendo que a companhia árabe “coloca o lucro acima da segurança” ao não cortar voos.
A confusão começou depois que a companhia aérea disse que não atenderia ao pedido do aeroporto britânico para reduzir a quantidade de voos ou de passageiros porque o terminal não tinha funcionários ou recursos suficientes para lidar com o número previsto de viajantes, relata o Telegraph.
Para ajudar a acalmar os ânimos, o presidente da Emirates e o executivo-chefe do aeroporto de Heathrow se reuniram para uma “conversa construtiva” na sexta-feira. Após a reunião, a transportadora com sede em Dubai mudou de ideia e, depois de se recusar a cumprir as exigências de limite de passageiros, falou que agora está disposta a limitar vendas em voos que partem de Heathrow até meados de agosto.
A empresa aérea, no entanto, não detalhou como fará isso ou quais voos serão afetados. Após a reunião apenas confirmou que todos os seus voos continuariam conforme planejado. A Emirates opera seis voos diários para Heathrow com seu Airbus A380, com capacidade combinada para mais de 3.000 passageiros diários.
A disputa ocorre num contexto em que um “caos” toma conta da aviação em várias partes da Europa, com empresas aéreas e aeroportos vivenciando uma falta de pessoal em plena alta estação. Esses atores vêm sendo largamente criticados por não terem se antecipado e contratado mais funcionários para atender aos viajantes.