Advogados de Washington entrou com uma ação coletiva alegando que 300.000 residentes de um raio de 8 km ao redor do Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma vivem em uma “Zona de Contaminação”. Segundo o escritório Hagens Berman, os níveis de câncer, doenças cardíacas e doenças respiratórias crônicas são significativamente maiores na região e 60.000 crianças provavelmente foram expostas às substâncias tóxicas.
Como reporta o LAW360, o processo foi entregue por residentes locais, que alegam estar sofrendo danos devido à aumento de doenças. Uma moradora diz que sua casa está quase permanentemente coberta por uma camada de poeira preta que ela atribui à poluição dos aviões que voam para o aeroporto de Seattle. Ela conta que precisa regularmente limpá-la, assim como as árvores ao redor de sua propriedade murcharam e morreram.
Tanto ela quanto o irmão e as irmãs foram diagnosticados com diferentes formas de câncer enquanto viviam na “Zona de Contaminação”.
Uma investigação realizada pelo Departamento de Ciências Ambientais e de Saúde Ocupacional da Universidade de Washington identificou “níveis significativos de material particulado ultrafino” nas rotas que passam pelo Aeroporto. Os advogados alegam que essas partículas são prejudiciais à saúde dos moradores e que o Porto de Seattle, bem como a Alaska Airlines e a Delta Air Lines, sabem dos danos que seus voos causam na região.
Dessa forma, o processo pede medidas cautelares e ressarcimento aos moradores afetados. A ação quer declarar a Alaska Airlines e a Delta como negligentes em suas operações no aeroporto “por se envolverem em atividades que aumentam o risco de doenças e morte”, segundo a queixa de 47 parágrafos.
Os advogados responsáveis pela ação sustentam que os níveis de mortes e doenças têm aumentado na região principalmente por conta da poluição. A ação quer evitar que o problema se espalhe e aumente no futuro. O processo busca que os réus responsáveis pela contaminação forneçam medidas para proteger os moradores, assim como o pagamento de danos e compensação por eventuais prejuízos sofridos.