Agenda do setor aéreo é tema de reunião entre ABEAR, empresas aéreas e Governo

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Foto de Daniel Kist via Pexels.com

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e suas associadas GOL e LATAM, mais a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), estiveram nesta quarta-feira (07) na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República para apresentar parte da agenda de temas do setor aéreo que estão em discussão. Dentre os principais assuntos estão a Reforma Tributária, a produção em larga escala do combustível sustentável (SAF) e o mercado de créditos de carbono.

A presidente da ABEAR, Jurema Monteiro, destacou, ainda, a importância da participação efetiva do setor aéreo no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão. Considerando o tamanho e o papel social do setor aéreo, a entidade reforçou a necessidade de participação da aviação.

O Chefe de Gabinete da Secretaria-Executiva do Conselhão, Guilherme Carvalho, falou sobre a importância do setor aéreo e ressaltou que deve haver uma maior aproximação do governo para poder entender as suas particularidades.

“O que conecta nosso país é esse setor, que tem sido muito resiliente e estratégico. Temos muito interesse em estar bem-informados e queremos estar próximos para termos uma visão sistêmica para enriquecer a nossa capacidade de atuar em profundidade nesses temas. Vários debates devem passar pelo conselho e queremos o setor aéreo lá”, disse Guilherme Carvalho.

Outro tema debatido no encontro foi a reforma tributária, que está em discussão no Congresso Nacional. Para a ABEAR, a reforma é positiva, mas a criação de um imposto único pode trazer uma carga insustentável para o setor aéreo. Segundo cálculos das aéreas, se mantida a alíquota proposta de 25%, cada empresa deve ter um aumento de R$ 3,7 bilhões/ano de custos.

Sustentabilidade na aviação

Durante o encontro, também foram discutidas medidas para uma política para a produção em larga escala do combustível sustentável no Brasil, o SAF, além do mercado de crédito de carbono para compensação de emissões das aéreas. Juntas, essas medidas representam 84% do conjunto de medidas para zerar as emissões do setor aéreo até 2050. Outros 13% correspondem a novas tecnologias, enquanto 3% são as questões de infraestrutura e operações.

“O país já esteve na vanguarda de biocombustíveis nos anos 70 (com o programa do Proálcool). Hoje temos uma nova oportunidade de liderar o mercado em diferentes tipos de combustíveis, incluindo o SAF. Para que possamos atingir esse objetivo temos que estar juntos, em um diálogo amplo entre a indústria, os produtores e o governo para que possamos construir conjuntamente políticas públicas que garantam a produção e o consumo em larga escala do SAF no país”, afirmou Jurema.

Informações da ABEAR

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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