Air China busca recursos para comprar 22 novos aviões, mas nenhum americano

A Air China planeja levantar cerca de US$ 2,2 bilhões no mercado privado para financiar a aquisição de 22 aeronaves Airbus e COMAC. O projeto foi divulgado através de um protocolo arquivado na Bolsa de Valores de Xangai em 3 de agosto. Do total, US$ 1,6 bilhão será usados ​​para comprar nove jatos A350, quatro A320neo e nove ARJ21, enquanto US$ 620 milhões serão usados ​​para reabastecer seu capital de giro.

A medida segue um anúncio feito em 1º de julho, quando a Airbus disse que garantiu um pedido em massa de 292 jatos da família A320 para quatro transportadoras chinesas, a Air China, China Eastern, China Southern Airlines e Shenzhen Airlines. Desta forma, é possível que uma parte do que a Air China está fazendo esteja relacionado com o pedido da Airbus.

No documento da Bolsa, a Air China que “a compra de aeronaves por meio dos recursos captados nesta oferta não pública é mais propício para o controle da empresa sobre a escala de seus passivos remunerados e para melhorar a situação financeira da empresa, otimizar sua estrutura de capital e aumentar sua capacidade de resistir a riscos”.

“A introdução e operação ativa de 22 aeronaves pode melhorar a capacidade, expandir o volume de transporte das principais rotas e aumentar a receita da rede. As aeronaves recém-introduzidas substituirão parcialmente as aeronaves antigas, otimizando a estrutura da frota e reduzindo o consumo de combustível e os custos de manutenção”, acrescentou.

A frota da Air China é uma das maiores do mundo. No final de 2021, empresa tinha um total de 746 aeronaves de passageiros com idade média de 8,23 anos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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