A aliança de empresas aéreas Skyteam pode perder a empresa espanhola Air Europa, se ela for comprada pelo grupo IAG, do qual faz parte sua concorrente Iberia. Ato contínuo, a empresa em processo de negociação de venda poderia se juntar à aliança oneworld, da qual já fazem parte as companhias do IAG.
Como relata o site de notícias do turismo Reportur, a Air Europa participa da Skyteam há 15 anos, mas recentemente teve 20% do capital adquirido pelo IAG, que almeja possuir até 100% empresa num futuro de médio e longo prazo. Esse negócio já vinha sendo negociado (e estava quase fechado) antes da pandemia, mas foi freado justamente pela Covid-19.
Com uma melhor previsibilidade sobre os rumos do setor aéreo, após a queda na disseminação do vírus e reabertura das fronteiras mundo afora, o negócio voltou à mesa. Se concretizado, pode resultar na junção das operações das maiores empresas aéreas da Espanha, a Iberia e a Air Europa.
Há, porém, um novo empecilho ao negócio, que é o fato do IAG estar sediado no Reino Unido, que deixou a União Europeia em 31 de janeiro de 2020. Como resultado, a fusão das duas empresas também poderia ser comprometida e elas teriam que encontrar uma saída criativa (ou obter alguma exceção) ou seguir operando individualmente.
Esse tema foi colocado à mesa pelo dono de 80% do capital da Air Europa, Pepe Hidalgo, que disse que como a empresa-mãe da Iberia (o IAG) não é europeia, as autoridades da concorrência de Bruxelas não permitirão o negócio.
“A fusão da Iberia e da Air Europa não é possível porque a lei a impede. A lei diz claramente que uma empresa que não é da União Europeia não pode ter mais de 49% do capital de uma companhia aérea europeia. O IAG, não sendo europeu com o Brexit, não pode ter mais do que esse percentual. Pode chegar até 49% se chegarmos a um acordo, mas não mais”, disse o presidente da Globalia há algumas semanas.
