Com a finalidade de aumentar sua capacidade regional, a empresa estatal Air Zimbabwe informou à mídia local que está adquirindo um segundo jato Embraer ERJ-145 de 50 lugares, que deve aterrissar em Harare nas próximas oito semanas. A origem da aeronave não foi informada.
O anúncio também acontece num momento em que a Air Zimbabwe garantiu US$ 1,4 milhão para liquidar dívidas com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), o que aumenta suas chances de se juntar à associação para expandir sua rede de rotas internacionais e aproveitar parcerias globais, como informou o jornal estatal The Herald.
A transportadora nacional do Zimbábue atualmente não é membro da IATA devido a uma combinação de fatores, incluindo taxas não pagas e não conformidade com o programa de segurança global IATA Operational Safety Audit (IOSA). Embora o site da companhia aérea afirme o contrário, a Air Zimbabwe não está no registro da IOSA no momento.
A transportadora nacional também continua proibida de operar para a União Europeia (UE).
A Air Zimbabwe também não faz parte do IATA Billing and Settlement Plan (BSP), que facilita a reconciliação das vendas de passagens aéreas por meio de agentes de viagens registrados na IATA.
Com sua economia em queda livre, o Zimbábue é um dos principais infratores na África quando se trata de receita de passagens não repatriadas devidas a transportadoras estrangeiras. Com US$ 100 milhões em fundos bloqueados em maio de 2022, o Zimbábue ocupa o segundo lugar, atrás apenas da Nigéria, que está retendo US$ 450 milhões, segundo a IATA.