A empresa estatal de bandeira do Zimbábue, a Air Zimbabwe, vai voar para a Rússia em breve, segundo apontaram autoridades do país africano, relatou a agência russa de notícias RIA Novosti, que entrevistou o presidente da Assembleia Nacional, Jacob Mudenda.
Na conversa, Mudenda reafirmou o apoio contínuo do Zimbábue ao seu aliado de longa data, apesar da guerra em curso na Ucrânia e da anexação da Rússia das regiões de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia.
“O Zimbábue estava do lado da Rússia antes e temos de compreensão das causas profundas da situação atual. Zimbábue e Rússia são vítimas das sanções, e isso nos torna camaradas na batalha das sanções. Na medida em que somos vítimas de sanções, compartilhamos com a Rússia as mesmas consequências. Portanto, não é de surpreender que o Zimbábue esteja do lado da Rússia”, disse Mudenda. Os Estados Unidos e a União Europeia mantêm sanções contra o Zimbábue desde 2003 visando reformas políticas e econômicas.
“Mas tudo isto requer um estudo cuidadoso a nível bilateral por parte dos Ministérios do Turismo e, claro, dos Ministros dos Transportes, que são responsáveis pelo funcionamento da indústria da aviação. que seja acelerado para que as companhias aéreas iniciem uma interação substantiva“, disse ele, falando dos novos voos que quer implantar ligando Harare a Moscou.
Para a operação a empresa aérea deverá usar seus dois antigos Boeing 767-200ER, que têm uma média de idade de 33 anos. Os únicos voos internacionais da Air Zimbabwe hoje são para Joanesburgo e Dar es Salaam (Tanzânia).
