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Airbus A319 libera a RAT ao ficar sem energia a 35 mil pés de altitude, entenda

Foto meramente ilustrativa, da RAT em um A320 visto no vídeo desta matéria

Nesta sexta-feira, 15 de abril, o órgão de investigação de acidentes aéreos dos Estados Unidos (NTSB – National Transportation Safety Board) informou que uma ocorrência com um Airbus A319, registrada em 25 de março de 2022, foi classificada como um incidente grave.

A informação é apresentada pelo The Aviation Herald, que descreve que o avião envolvido foi o A319 de matrícula N508NK, operador pela Spirit Airlines, quando realizando o voo NK-1396 de Milwaukee para Fort Lauderdale, ambas cidades nos Estados Unidos.

O jato estava em rota no FL350 (nível de voo de 35 mil pés, ou 10.668 metros, de altitude) quando sofreu uma falha elétrica, levando à liberação da RAT (Ram Air Turbine).

A RAT é o último recurso de geração de eletricidade para a aeronave quando ela deixa de receber a energia gerada a partir do funcionamento do motor, da unidade auxiliar (APU – Auxiliary Power Unity) ou das baterias. Até o momento, ainda não há confirmação sobre qual a origem do problema.

A RAT faz parte do modo de configuração de emergência elétrica. Ao ser estendida para fora na parte inferior da fuselagem, é acionada por uma hélice exposta ao fluxo de ar, funcionando assim como um gerador eólico. No vídeo a seguir, é possível ver outro avião da Spirit, um A320, chegando para pouso com a hélice exposta e girando:

A título de conhecimento, o primeiro dos dois vídeos a seguir mostra a RAT sendo estendida e depois recolhida em um Airbus A319. O segundo vídeo mostra um piloto de linha aérea explicando como funciona a lógica do sistema elétrico até o acionamento da RAT (é possível adicionar legendas traduzidas para português no menu do canto do player).

A aeronave continuou o voo para Fort Lauderdale para um pouso seguro cerca de 2 horas e 50 minutos após a partida. Ainda não há informações preliminares sobre a origem do problema.

O Airbus A319 permaneceu no solo em Fort Lauderdale por pouco mais de 41 horas antes de retornar ao serviço.

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