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Airbus A320 é o avião que mais saiu de cena na pandemia, veja a lista completa

Levantamento inédito mostra quais famílias de aviões saíram de cena durante a pandemia, seja por devolução, armazenamento de longo prazo ou aposentadoria.

Os dados foram coletados pela consultoria IBA e reunidos pela plataforma InsightIQ. Nela, são colocadas as famílias de aeronaves que saíram das frotas das companhias aéreas de março até agora, por mais diversos motivos, mas todos relacionados à crise do coronavírus.

Dados em números absolutos

Foram ao todo em torno de 1.500 aeronaves que saíram de cena ou irão sair até 2024 com a retirada já anunciada pelos seus operadores, como o é o caso da Delta que anunciou a saída dos Boeings 717 e 767 nos próximos anos.

A família que lidera o maior número de saídas (em números absolutos) é a A320 da Airbus, que compreende os modelos A318, A319, A320 e A321. A maioria deles foram aposentados e outra boa parte foi devolvida aos lessores pelas empresas aéreas, sendo um total de pouco mais de 200 unidades retiradas de serviço

Em segundo lugar está o Boeing 777, o maior bimotor do mundo em operação, que se destaca pela estocagem de longo prazo e aposentadoria antecipada, já que é um modelo que, nas versões 200LR/ER e 300 mais antigas, está sendo substituído pelo Airbus A350 e 787 Dreamliner.

Outro destaque é o Boeing 737, que tem sido aposentado definitivamente por muitas empresas aéreas, que agora poderão voar com o 737 MAX ou estão “virando a página” e optando pelo Airbus A320neo.

© IBA – tradução por AEROIN

Percentuais: MadDogs fora do jogo

Outro dado interessante levantado pela IBA é a porcentagem de saídas dentro das frotas das aeronaves. A liderança disparada é da série “MadDog” da McDonnell Douglas, que compreende os jatos MD-88 e MD-90, que terá 100% da frota fora de cena até 2024.

© American Airlines

Eles são seguidos pelo Boeing 717, que terá 60% da frota fora de serviço até 2024. Todos estes jatos, que derivam do mesmo projeto, o Douglas DC-9, estão na liderança por causa da Delta, como falamos acima.

Fora da série MadDog está o Airbus A340-600 e A380-800, com 48% e 42% da frota fora de serviço nos próximos anos, respectivamente. Estes jatos possuem quatro motores, fazendo a combinação fatal de alta dependência de voos cheios e consumo alto de combustível.

Em seguida estão os 777-300, 777-200LR e o 747-400, todos nas faixa do 30% da frota saindo de circulação. Estas aeronaves ainda ganham sobrevida pela possibilidade de operarem como cargueiras.

Os brasileiros na lista configuram até bem, sendo que o os E-Jets (E170/175/190/195) da Embraer registrarão uma saída de até 80 aeronaves no curto prazo, e o menor e mais velho ERJ (E135/E140/E145) está com menos de 20 aposentadorias programadas.

De qualquer maneira, é importante ressaltar que não tem perfil definido para a saída das aeronaves, sendo uma distribuição bastante heterogênea entre aeronaves de um corredor (narrowbody) e dois corredores (widebody), assim como os turboélices – turboprops – e os jatos regionais.

Esta é mais uma prova que a crise do coronavírus na aviação não está discriminando empresas, países ou aeronaves, mas afetando todo o setor como nunca antes na história.

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