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Em 22 de dezembro, duas aeronaves A340-200 da República Francesa foram colocadas em leilão com um preço inicial de 80.000 euros cada, mas vendidas por mais de 400.000 euros, como mostra o site do governo dedicado ao certame. Embora os compradores jamais tenham sido divulgados, uma pista sobre o paradeiro dos jatos foi dada na semana passada.
Como mostra a foto acima, de autoria de Hugo Tsr, e publicada no Flickr sob licença de compartilhamento, uma das aeronaves recebeu a matrícula F-HFDD, enquanto que a outra tornou-se F-HLGM. Ambas foram vistas aterrissando no aeroporto de Chateauroux, já sem as designações da Força Aérea Francesa, embora com suas cores básicas.
A revista de aviação alemã Skyliner cita que ambas as aeronaves foram trasladas para que sejam adaptadas e repintadas, uma vez que os compradores tiveram que se comprometer a cumprir algumas condições, como apagar a pintura tricolor dos equipamentos.
Depois dos ajustes, o Skyliner aponta que os jatos serão empregados para transportar remédios e vacinas para a Cruz Vermelha do Quênia, sendo operadas pela AMREF Flying Doctors, uma organização que provê serviços de ambulância aérea na África, estando no setor de transporte aeromédico há mais de 60 anos.
Lamentavelmente, os aviões não são visíveis em aplicativos de rastreamento de voos, como o RadarBox, uma vez que eram aviões militares até recentemente. Tornando-se civis, espera-se que eles voltem às telas para monitoramento em breve.
Última missão
Antes de serem vendidos, esses A340-200 foram usados principalmente para repatriar cidadãos franceses que estavam em Wuhan, a cidade considerada o berço do Covid-19, indicou a RTL em dezembro passado.
As duas aeronaves realizaram seus primeiros voos em fevereiro de 1995. Elas têm, respectivamente, 70.800 e 68.400 horas de voo. Depois de serem fretados pela Austrian Airlines, em 2006 juntaram-se ao 3/60 Esterel Transport Squadron. Como nos lembra a BFMTV, durante 14 anos, esses A340s foram usados para transportar soldados franceses para campos operacionais. Eles também possibilitaram a evacuação de cidadãos franceses durante o terremoto de Fukushima em 2011 e também durante o terremoto de 2010 no Haiti.