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TAP aposenta hoje seu Airbus A340 com voo final para o Brasil, acompanhe ao vivo

Airbus A340 TAP
Airbus A340-300 da TAP no Aeroporto do Recife

Em um momento histórico, o Airbus A340 se despede de uma vez da TAP Air Portugal após 25 anos em operação e muita história. O último voo da aeronave com as cores da empresa portuguesa acontece nesta sábado 26 de outubro, na rota Lisboa – Recife- Lisboa e é possível acompanhar pelo aplicativo FlightRadar24.

O voo de volta é o TAP16, que já saiu do Recife e pode ser acompanhando clicando aqui.

O quadrijato foi “figurinha carimbada” nos voos TP11 e TP16, respectivamente Lisboa-Recife e Recife-Lisboa. Inclusive nós já fizemos um voo na executiva do A340 nesta rota, e contamos todos os detalhes aqui. Assim como voou por toda sua vida nas rotas da empresa ligando Portugal ao Rio de Janeiro, São Paulo e a maioria dos outros sete destinos que a aérea tem para cá.

Ao longos dos anos, a TAP Air Portugal operou com quatro Airbus A340-300, todos recebidos diretamente de fábrica, a saber:
1) CS-TOA: recebido em Dezembro de 1994, de nome Fernão Mendes Pinto
2) CS-TOB: recebido em Dezembro de 1994, batizado D. Joao de Castro
3) CS-TOC: recebido em Abril de 1995, batizado Venceslau de Moraes
4) CS-TOD: chegou em Abril de 1995 com o nome D. Francisco de Almeida

Grande no tamanho mas pequeno de motores

Com a aposentadoria, o A340-300 será substituído pelo A330-900neo, que proporciona quase 20% de economia em relação ao A340. Lembramos também que o A330neo usa dois modernos motores turbofan Rolls-Royce Trent 7000 ante os quadro CFM56 do A340-300.

Os motores CFM56 do quadrijato são praticamente os mesmos utilizados num dos menores aviões da Airbus, o A320. A diferença fica por conta da razão de ar que passa pela turbina efetivamente e pela parte externa, a chamada by-pass ratio.

Sem entrar em detalhes técnicos, o motor CFM56-5C4 do A340-300 tem essa taxa na casa de 6,4, ante 5,9 do CFM56-5B6 que equipa boa parte dos A320 mundo afora. Esta pequena modificação para aumento da by-pass ratio fez com que o ar fosse mais comprimido, gerando 10 mil libras de empuxo extra, necessários para levantar um jato muito mais pesado, no entanto, ainda assim, são necessários quatro motores.

Mesmo com esta potência “extra”, o A340-300 não tem a mesma performance exemplar de seus ‘irmãos maiores’, os A340-500 e -600 (estes equipados com os potentes Rolls-Royce Trent 500). Por causa disso, o A340-300 acabou ganhando vários apelidos maldosos do meio aeronáutico, como “o Airbus com cinco APUs” – pequeno motor auxiliar que fica na cauda do avião e é utilizado para gerar energia interna – ou “Airbus com quatro secadores”, dado ao formato e potência do CFM56.

Um fato interessante relacionado ao A340-300 aconteceu recentemente, quando a Air Tahiti Nui decolou um dos seus quadrjatos e voou por mais de oito horas sobre o Pacífico com apenas três motores! Parece mentira, mas comprovamos a história, veja abaixo:

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