
A Airbus, gigante europeia da aviação, revelou planos detalhados para uma redução significativa do quadro de funcionários em sua unidade de Defesa e Espaço, impactando cerca de 5% da força de trabalho nos próximos 18 meses. A ação prevê a eliminação de 2.043 cargos, um ajuste necessário para enfrentar desafios econômicos e aumentar a competitividade.
Inicialmente, em meados de outubro, a Airbus havia anunciado a possibilidade de cortar até 2.500 empregos. No entanto, a atualização recente indica um direcionamento mais preciso, com 2.043 posições identificadas para eliminação.
A empresa enfatiza que estas reduções visam essencialmente diminuir a base de custos fixos, afetando principalmente as chamadas “posições de sobrecarga” – funções de suporte gerencial não alocadas a programas ou projetos específicos.
Dentro desta reestruturação, o setor de Sistemas Espaciais, que tem enfrentado dificuldades, será o mais afetado, sofrendo o maior impacto com 1.128 posições a serem cortadas. Além disso, a sede da empresa verá uma redução de 618 postos, enquanto as áreas de Air Power e Connected Intelligence também enfrentarão diminuições menores, de 250 e 47 cargos respectivamente.
A distribuição geográfica dessas medidas ocorrerá com 689 empregos eliminados na Alemanha, 540 na França, 477 no Reino Unido, 303 na Espanha e 34 em várias outras localidades ao redor do mundo. A Airbus projeta concluir esse processo de reestruturação até meados de 2026, e afirmou que não planeja adotar ações de demissão compulsória.
Michael Schoellhorn, CEO da Airbus Defence & Space, ressaltou que a transformação empresarial planejada tornará a unidade “mais rápida, enxuta e competitiva”.
Esta reestruturação ocorre em um contexto de desempenho financeiro desafiante para a Airbus, com sua divisão de defesa e espaço registrando uma entrada de pedidos de €10,9 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, mas com um EBIT ajustado negativo de €661 milhões.