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Após a revelação não intencional, nos últimos dias, do projeto de um suposto motor aeronáutico da General Electric, novas informações mostram que a Airbus estaria conversando seriamente com a fabricante para a produção de novos propulsores para o substituto do best-seller A320.
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Segundo a Bloomberg, a proposta teria sido enviada à GE Aviation, divisão de motores aeronáuticas e tecnologia aeroespacial da gigante General Electric.
O motor seria para o próximo jato de corredor único (narrowbody) da fabricante europeia, que já aponta que a propulsão do novo modelo será com hidrogênio.
“Nosso plano é ter um avião carbono-neutro em 2035, ao invés de 2050, graças especialmente a motores ultra-eficientes usando hidrogênio como combustível”, afirmou o Ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, na ocasião da assinatura do acordo para o desenvolvimento do novo jato.
A única pista revelada sobre o novo motor, que pode ser o primeiro de hidrogênio para aviões comerciais, é que ele terá a tecnologia Geared Turbofan, que coloca uma caixa de câmbio para permitir que o eixo central (que conecta o fan, compressores e turbina) atue em velocidades diferentes de acordo com a parte do motor, reduzindo o consumo energético.
A informação foi vazada a partir dos documentos de uma disputa judicial com a concorrente Pratt & Whitney (PW), que teria usado atributos da tecnologia Geared da GE no já lançado motor PW1100G, concorrente direto do CFM LEAP no projeto do A320neo.
Caso a GE seja a escolhida para fazer este inovador motor, será a primeira vez que a empresa equipará com produto próprio um jato narrowbody da Airbus, já que o A320 conta apenas com os motores da PW (IAE) e da CFM, que é uma joint-venture da própria GE, mas com participação igualitária da francesa Safran.
