A tecnologia disruptiva para reabastecimento totalmente autônomo em voo – designada Auto’Mate – está sendo desenvolvida pela unidade de negócios Airbus Defense and Space em colaboração com a Airbus UpNext, a subsidiária de inovação da empresa.
Segundo a companhia, a Airbus UpNext também está buscando projetos cruzados como tecnologias de assistência ao piloto para aumentar ainda mais a segurança de voo e a eficiência operacional da aeronave, juntamente com novos sistemas de propulsão e design de aeronaves para enfrentar os desafios de sustentabilidade.
Em março passado, uma demonstração bem-sucedida do Auto’Mate usando um avião-tanque de teste da Airbus e quatro drones não tripulados foi um marco importante para a capacidade de reabastecimento autônomo em voo, que será seguida ainda este ano por uma campanha de voo ainda mais ambiciosa.
Maior segurança, confiabilidade e eficiência
Ao automatizar o reabastecimento em voo sem a necessidade de intervenção humana, um avião-tanque pode assumir o controle de uma aeronave “receptora” a vários quilômetros de distância, guiá-la e controlá-la autonomamente até a posição adequada para receber combustível, seguida pela transferência real de combustível via a sonda de reabastecimento, completada por uma manobra de separação segura no final da operação.
Os procedimentos de reabastecimento em voo utilizados hoje exigem uma coordenação exigente e precisa entre a tripulação de um avião-tanque e o piloto da aeronave “receptora”. Ao aplicar tecnologias autônomas, o processo se beneficiará de maior segurança, confiabilidade e eficiência. Outras vantagens são a capacidade de conduzir operações mais eficazes – incluindo a transferência de combustível em condições de baixíssima visibilidade e a redução de custos de treinamento para as tripulações de voo.
Tão importante quanto isso, a tecnologia Auto’Mate abre caminho para o reabastecimento aéreo de veículos aéreos de combate não tripulados, como drones, além da reutilização de tecnologias em transportadoras remotas e operações de “ala leal” – que são os principais elementos não tripulados do futuro combate aéreo da Europa. Além disso, o Auto’Mate pode eventualmente levar a tanques aéreos autônomos sem tripulação a bordo.
Três “tijolos” tecnológicos
Ao desenvolver o reabastecimento autônomo em voo, a Airbus está se concentrando em três blocos tecnológicos principais:
- Diferentes tipos de câmeras (resolução, campo de visão), posicionamento global por satélite de alta precisão e sensores LiDAR (Light Detection And Ranging), combinados com algoritmos de Inteligência Artificial;
- Redes avançadas de comunicações intra-voo;
- E algoritmos cooperativos de controle e prevenção de colisões.
A Airbus está bem posicionada para dar este próximo passo para reabastecimento aéreo, com base em sua experiência no domínio – começando com seu A310 MRTT (Multi Role Tanker Transport), que entrou em serviço em 2004, e seguido pela nova geração A330.
Liderança da Airbus em aviões-tanque com o A330 MRTT
O A330 MRTT posiciona a Airbus como líder no setor de transporte de tanques multifuncionais, já tendo sido pioneira em avanços como o uso do controle fly-by-wire para a sonda de reabastecimento e seu desenvolvimento de um sistema digital 2D/3D de alta definição para visualização aprimorada pelos operadores de abastecimento.
Um total de 60 A330 MRTT foram encomendados pela Austrália, França, Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Arábia Saudita, Cingapura, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido, com a frota de aeronaves registrando milhares de horas de voo em o apoio de destacamentos militares e operações humanitárias.
Informações da Airbus
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