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Airbus entregará o primeiro A321neo produzido na China para um cliente europeu

Foto: Wizz Air

Pela primeira vez em sua história, a Airbus vai enviar uma aeronave de fabricação chinesa para um cliente europeu. A aeronave em questão, um A321neo, está sendo montada na Tianjin FAL (Linha de Montagem Final de Tianjin) para a Wizz Air, uma companhia aérea de baixo custo com sede na Hungria.

No âmbito da estratégia global da Airbus de diversificar o risco e alargar o âmbito das suas linhas de produção, não é de estranhar que este primeiro avião apenas dê início a um fluxo massivo de entregas para mercados que antes eram servidos por linhas de produção ocidentais.

Desde a sua criação em 2008, a maioria dos aviões produzidos na fábrica de Tianjin serviu às companhias aéreas chinesas para atender à crescente demanda do país por viagens aéreas. A instalação ocasionalmente construiu aeronaves para outras companhias aéreas, incluindo a Air Asia da Malásia, detalha o Aviacionline.

A Airbus e  a Boeing estão lidando com interrupções na cadeia de suprimentos e problemas de produção. Essas complicações interromperam as entregas de ambos os fabricantes, causando atrasos de vários meses em alguns casos. Apesar de ter reduzido sua meta de entrega duas vezes no ano passado, a Airbus agora pretende entregar 720 aeronaves até 2023, principalmente da família A320.

Conforme relatado pela Bloomberg, a fabricante também está reconfigurando suas fábricas em função da crescente popularidade do A321neo. A fábrica da Airbus em Hamburgo, na Alemanha, concentra-se na produção de aeronaves mais complexas, incorporando três classes ou mais. A empresa também está desmantelando a linha de montagem do A380 em Toulouse – o último exemplo construído foi entregue à Emirates no ano passado – para fabricar mais A321.

Em abril, a Airbus anunciou planos para dobrar sua produção em Tianjin, introduzindo uma segunda linha de montagem. O CEO Guillaume Faury enfatizou a intenção da empresa de estabelecer uma “forte presença com massa crítica” nos principais mercados da China, Estados Unidos e Europa. Ter linhas de produção espalhadas pelo mundo, disse ele, permite que a Airbus tenha “capacidade de resposta”, permitindo que ela se recupere rapidamente das dificuldades encontradas em qualquer fábrica.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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