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Airbus relatou hoje (29) seus resultados financeiros consolidados para os nove meses encerrados em 30 de setembro de 2020. “Após nove meses de 2020, vemos agora o progresso feito na adaptação de nosso negócio ao novo ambiente de mercado sob a COVID-19”, disse o CEO da Airbus, Guillaume Faury.
O CEO destacou que, apesar da recuperação mais lenta das viagens aéreas do que o previsto, a fabricante europeia viu uma convergência da produção e das entregas de aeronaves comerciais no terceiro trimestre, além de uma interrupção do consumo de caixa, em linha com sua ambição.
“Nossa capacidade de estabilizar o fluxo de caixa no trimestre nos dá confiança para emitir uma orientação de fluxo de caixa livre para o quarto trimestre”, completou Faury.
Pedidos, entregas e receita
Os pedidos líquidos de aeronaves comerciais totalizaram 300 unidades (contra 127 no mesmo período de 2019), com a carteira de pedidos compreendendo 7.441 aeronaves comerciais em 30 de setembro de 2020.
A Airbus Helicopters registrou 143 pedidos líquidos (contra 173 em 2019), incluindo 8 H160s e 1 H215 durante o terceiro trimestre. A entrada de pedidos da Airbus Defense and Space aumentou para € 8,2 bilhões, com o terceiro trimestre incluindo um A330 MRTT adicional, bem como ganhos de contratos em satélites de telecomunicações.
O valor das Receitas Consolidadas diminuiu para € 30,2 bilhões (ante € 46,2 bilhões dos mesmos 9 meses do ano passado), impulsionada pelo difícil ambiente de mercado que afeta o negócio de aeronaves comerciais, com cerca de 40% menos entregas ano a ano.
Um total de 341 aeronaves comerciais foram entregues neste período (2019: 571 aeronaves), compreendendo 18 A220s, 282 da Família A320, 9 A330s e 32 A350s. Limitando-se apenas ao intervalo do terceiro trimestre de 2020, um total de 145 aeronaves comerciais foram entregues, sendo 57 entregas em setembro.

A Airbus Helicopters relatou receitas amplamente estáveis, refletindo entregas mais baixas de 169 unidades (2019: 209 unidades) parcialmente compensadas por serviços mais elevados. As receitas da Airbus Defense and Space refletiram principalmente os menores volumes nos Sistemas Espaciais e do A400M, bem como o impacto da COVID-19 nas fases dos negócios.
EBIT
O EBIT Consolidado Ajustado – uma medida de desempenho alternativa e indicador chave que captura a margem de negócios subjacente – totalizou € 125 milhões negativos (nos 9 meses de 2019 foi de € 4,133 bilhões positivos).
O EBIT Ajustado da Airbus de € 641 milhões negativos (9 meses de 2019: € 3,593 bilhões positivos) refletiu principalmente a redução nas entregas de aeronaves comerciais e a menor eficiência de custos. Também incluiu € 1 bilhão negativo de encargos relacionados com a COVID-19.
As medidas necessárias foram tomadas para adaptar a estrutura de custos aos novos níveis de produção e os benefícios vão se materializando à medida que o plano é executado. No final de setembro, o número de aeronaves comerciais que não puderam ser entregues devido à COVID-19 havia siso reduzido para cerca de 135.
O EBIT ajustado da Airbus Helicopters aumentou para € 238 milhões (9 meses de 2019: € 205 milhões), refletindo uma combinação favorável, serviços mais elevados, uma contribuição positiva da execução do programa, bem como menores despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
O EBIT ajustado na Airbus Defense and Space diminuiu para € 266 milhões (9 meses de 2019: € 355 milhões), refletindo principalmente o menor volume em Sistemas Espaciais, especialmente no negócio de lançadores devido ao impacto da COVID-19, parcialmente compensado por medidas de redução de custos.
O EBIT consolidado (reportado) foi de € -2,185 bilhões (9 meses de 2019: € 3,431 bilhões), incluindo ajustes totalizando € -2,060 bilhões líquidos. Esses ajustes compreenderam:
– € -1,200 bilhões registrados no terceiro trimestre relacionados ao plano de reestruturação de toda a empresa, dos quais € -981 milhões foram para a Airbus e € -219 milhões para a Airbus Defense and Space. O valor leva em consideração medidas de apoio do governo;
– € -358 milhões relacionados ao custo do programa do A380, dos quais € -26 milhões foram no terceiro trimestre;
– € -374 milhões relativos ao descasamento do pagamento de pré-entrega em dólares e avaliação do balanço, dos quais € -209 milhões no terceiro trimestre;
– € -128 milhões de outros custos incluindo conformidade, dos quais € -11 milhões foram no terceiro trimestre.
Perspectiva
Como base para sua orientação do quarto trimestre de 2020 para o fluxo de caixa livre e financiamento de clientes, a empresa não assume maiores interrupções na economia mundial, no tráfego aéreo, nas operações internas da Airbus e em sua capacidade de fornecer produtos e serviços.
Com base nisso, a empresa tem como meta, pelo menos, atingir o equilíbrio de fluxo de caixa livre antes de M&A e financiamento ao cliente no quarto trimestre de 2020.
Informações da Airbus
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