A Airbus iniciou em 18 de março a turnê de demonstração do seu mais moderno avião de fuselagem larga, o A350, pelo sul da Ásia. A fabricante europeia de aviões quer convencer as companhias aéreas da Índia e de Bangladesh a priorizar o atual carro-chefe da empresa nas próximas aquisições, para voos de longa distância com aeronaves com alta capacidade de transporte de passageiros.
De acordo com o portal britânico Simple Flying, a aeronave com matrícula F-WWCF decolou da sede da Airbus em Toulouse, na França, com destino a Dhaka, Bangladesh. O moderno jato bimotor partiu sob o voo AIB101 às 17h58, horário local, na sexta-feira, 18, e chegou ao destino dez horas depois.
O A350 ficou em exposição no aeroporto até o dia 20 e recebeu possíveis clientes. Depois de Bangladesh, a aeronave seguiu para a Índia, onde passou pelas cidades de Nova Delhi, Mumbai e Hyderabad. Nesta última parada, participou da Wings India 2022, um grande evento de aviação civil da Ásia e que terminou no último domingo, 27.
Mercado Boeing
A investida comercial da Airbus não é por acaso. Biman Bangladesh e Air India, as duas maiores companhias dos países visitados, têm apenas Boeings 787 e 777 em suas frotas de aeronaves de dois corredores. Outra grande companhia indiana, a Vistara, também não tem a fabricante francesa como fornecedora dos chamados widebodies.
A Air India teve um par de A330 de 2007 a 2014. Enquanto isso, a Biman Bangladesh alugou dois A330 da Wamos Air por um curto período em 2017-2018, segundo dados do Planespotters.net. Outras companhias da região também abandonaram os grandes jatos europeus ao longo da última década.
O presidente da Airbus India & South Asia, Remi Maillard, disse em declaração à imprensa que a Índia, em especial, é um mercado com grande potencial e crescimento no curto prazo.
“As viagens aéreas na Índia estão em um ponto de inflexão com uma classe média cada vez maior, maior propensão das pessoas em viajar, além de uma vantagem geográfica que conduz à abertura potencial de voos de longo curso. É a hora do renascimento das soluções de viagens internacionais dentro e fora da Índia”, disse Maillard.
