A Airbus relatou uma queda em seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2023, com uma ligeira queda nas receitas consolidadas para € 11,8 bilhões em comparação com € 12 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Apesar da forte demanda, principalmente aeronaves comerciais, a empresa continua enfrentando desafios na cadeia de suprimentos e um ambiente operacional desfavorável.
O resultado financeiro foi de € 149 milhões (1T 2022: € 166 milhões). Reflete principalmente um impacto positivo da reavaliação de alguns investimentos de capital, parcialmente compensado por impactos negativos da reavaliação de instrumentos financeiros e do resultado líquido de juros.
O lucro líquido consolidado foi de € 466 milhões (1º trimestre de 2022: € 1.219 milhões), com lucro por ação consolidado relatado de € 0,59 (1º trimestre de 2022: € 1,55).
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Durante o primeiro trimestre, a Airbus entregou 127 aeronaves comerciais, o que representa uma queda em relação às 142 aeronaves entregues no primeiro trimestre de 2022. O CEO da empresa, Guillaume Faury, disse: “Continuamos focados em entregar o ramp-up de aeronaves comerciais e a transformação de longo prazo”.
Os pedidos brutos de aeronaves comerciais no primeiro trimestre totalizaram 156, abaixo dos 253 no primeiro trimestre de 2022. Após cancelamentos, os pedidos líquidos ficaram em 142 aeronaves, acima dos 83 no primeiro trimestre de 2022. A carteira de pedidos atingiu 7.254 aeronaves comerciais no final de março de 2023.
A Airbus Helicopters registrou 39 pedidos líquidos, abaixo dos 56 no primeiro trimestre de 2022, enquanto a entrada de pedidos da Airbus Defence and Space em valor foi de € 2,5 bilhões, abaixo dos € 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2022, detalha o Aviacionline.
As atividades de aeronaves comerciais da Airbus registraram uma queda de 5% nas receitas em relação ao ano anterior, principalmente devido a menores entregas, parcialmente compensadas pelo fortalecimento do dólar americano. Além disso, a empresa entregou 71 helicópteros, ante 39 unidades no primeiro trimestre de 2022, com um aumento de 26% nas receitas da divisão. No entanto, as receitas da Airbus Defence and Space diminuíram 6%, impulsionadas principalmente pelo menor volume em Sistemas Aéreos Militares e Sistemas Espaciais.
O EBIT ajustado consolidado, um indicador da margem de negócios subjacente, diminuiu para € 773 milhões, de € 1.263 milhões no primeiro trimestre de 2022. O EBIT ajustado para as atividades de aeronaves comerciais da Airbus também diminuiu para € 580 milhões, de € 1.065 bilhão no primeiro trimestre de 2022.
O que vem adiante
A Airbus está aumentando a produção de seus programas da família A220 e A320, visando uma taxa de produção mensal de 14 aeronaves para o A220 até meados da década e 65 aeronaves para a família A320 até o final de 2024.
O programa de teste de voo A321XLR está progredindo, com entrada em serviço prevista para o segundo trimestre de 2024. A empresa também pretende alcançar a classificação 4 para o A330 em 2024 e a classificação 9 para o A350 até o final de 2025.
A Airbus também detalhou que, embora alguns marcos já tenham sido alcançados na produção dos primeiros componentes do A350F, a entrada em serviço do cargueiro será adiada de 2025 para 2026.
O programa militar A400M enfrenta riscos em termos de qualificação de capacidades técnicas, confiabilidade operacional da aeronave, redução de custos e garantia de volume geral de acordo com a linha de base revisada. As despesas consolidadas de Pesquisa e Desenvolvimento autofinanciadas totalizaram € 683 milhões, acima dos € 586 milhões no primeiro trimestre de 2022.
A orientação da empresa para 2023 permanece inalterada, visando cerca de 720 entregas de aeronaves comerciais, EBIT ajustado de € 6,0 bilhões e fluxo de caixa livre antes de fusões e aquisições e financiamento ao cliente de € 3,0 bilhões.
