A Airbus pode respirar aliviada depois que a União Europeia manteve de fora da sétima atualização de sua lista de sanções a gigante da Rússia, VSMPO-AVISMA, um dos importantes fornecedores da fabricante de aeronaves europeia.
No final do mês de junho, a Airbus havia lançado um novo apelo ao ocidente, pedindo para que não sancionasse o titânio russo, sob a justificaria de que “estaríamos sancionando a nós mesmos”, disse o presidente-executivo da Airbus, Guillaume Faury.
Ainda assim, aparentemente não foi uma decisão simples, já que, segundo diplomatas da UE entrevistados pelo Wall Street Journal, a empresa foi retirada da lista de sanções no último momento.
Enquanto se preocupa com o suprimento, a Airbus, assim como suas pares mundo afora – especialmente Boeing e Embraer – buscam alternativas para reduzirem a dependência do titânio russo. O metal, é usado para fabricar componentes críticos das aeronaves, incluindo trem de pouso e fixadores que conectam um motor a uma asa, por exemplo.
O titânio tornou-se um material cada vez mais importante na produção de aeronaves devido à sua alta relação resistência-peso e resistência à corrosão. Embora seja extraída em todo o mundo, a produção de esponja de titânio, a matéria-prima inacabada, está concentrada em locais como Japão, China e Rússia. Cerca de 13% vem deste último, de acordo com o US Geological Survey.
As concorrentes da Airbus, por sua vez, disseram anteriormente que têm capacidade de lidar com a falta do titânio russo, a partir da compra de empresas localizadas em outros países.