Em 16 de dezembro de 2021, o Conselho de Administração da Air France-KLM tomou a decisão de seguir em frente com a meta do grupo de melhorar seu desempenho econômico e ambiental por meio da introdução de aeronaves de próxima geração. Ao fazer isso, o grupo também demonstrou sua capacidade de alavancar as sinergias de compra.
Com um pedido firme de 100 aeronaves da família Airbus A320neo – com direito de compra de mais 60 aeronaves adicionais, o grupo assegura a renovação das frotas da KLM e Transavia Netherlands, além de renovar e expandir a frota da Transavia France.
O pedido cobre as aeronaves Airbus A320neo e Airbus A321neo. As primeiras entregas estão previstas para o segundo semestre de 2023. Essas aeronaves operarão rotas de médio curso na Europa, notadamente de Amsterdam e de Paris-Orly, principal base da Transavia France.
Em comparação com aeronaves da geração anterior, o A320neo oferece uma redução de custo unitário de mais de 10%, bem como uma redução de 15% no consumo de combustível e nas emissões de CO2. Sua pegada de ruído também é 50% menor.
Os detalhes da configuração da cabine serão anunciados posteriormente.
Briga Boeing x Airbus
No início do ano, a KLM havia lançado um processo de tomada de preços, visando a substituir sua frota de Boeing 737NG por aeronaves de última geração. Na época, ela se aproximou dos dois principais fabricantes, Boeing e Airbus, para pedir condições para um possível negócio de 80 aviões e entre 60 e 80 opções.
Até alguns anos atrás, a Boeing continuava sendo um fornecedor de frotas para a KLM e isso era um fato consumado. No entanto, hoje, as coisas mudaram abruptamente. Isso porque a Airbus teve uma vantagem significativa para conquistar esse contrato, que representa um grande golpe para a Boeing, já que a empresa holandesa era um cliente fiel há décadas.
As fontes citadas pela Reuters indicam que, além do desempenho do avião, o bom momento das relações com o braço francês do grupo pesa na balança para um acordo com a fabricante europeia. Ao mesmo tempo, os problemas do 787 que atrasam as entregas estão impactando o relacionamento com a Boeing.
