A Airbus e a Quebec anunciaram na sexta-feira que investirão conjuntamente US$ 1,2 bilhão para expandir e acelerar a produção A220 em Mirabel e Mobile, Alabama. Quebec contribuirá com US$ 300 milhões, enquanto a fabricante de aviões europeia injetará US$ 900 milhões, reportou a Montreal Gazette.
O jato regional Airbus A220 tem origem no Canadá, quando foi desenvolvido pela fabricante local Bombardier com o nome de CSeries. Anos depois, quando o projeto já havia se tornado realidade, a concorrente europeia comprou o programa dos canadenses.
Desde antes da compra pela Airbus, o governo de Quebec já possuía uma participação no programa, a qual agora ficará em 25% com esses novos aportes.
Pressão de custos
Segundo o governo canadense, o programa A220 ainda não se tornou lucrativo, e a Airbus vem pressionando as equipes para reduzir os custos de produção do A220 desde que assumiu o controle do CSeries em meados de 2018. Estima-se que o break-even chegue por volta do ano 2025.
O objetivo é construir 14 unidades por mês até cerca de 2025, acima das cinco atualmente, reiterou o presidente-executivo da Airbus Canada, Benoît Schultz, na sexta-feira. A montagem final do avião ocorre em Quebec e Alabama. Das 14 aeronaves, 10 serão fabricadas em Mirabel.
Os pedidos firmes – ajudados pela eficiência de combustível do avião – dobraram nos últimos três anos e chegaram a 668 no final de janeiro. A Airbus entregou 50 unidades do A220 no ano passado, ante 38 em 2020.
O A220 é o principal concorrente dos E-Jets da brasileira Embraer, no entanto, a fabricante europeia leva vantagem por sua oferta de grande abrangência, onde ela consegue negociar aviões de vários portes em um mesmo pacote. Hoje, a carteira da Embraer é praticamente a metade da Airbus para essa classe de aviões.
