A Alaska Airlines foi a primeira empresa aérea a se posicionar após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de reverter um antigo direito constitucional que as mulheres americanas tinham ao aborto, em determinadas circunstâncias. Em um comunicado, a empresa aérea disse que continuaria reembolsando os custos de viagem de funcionárias que necessitassem realizar o procedimento, relatou em nota.
A decisão, a partir de agora, dependerá de cada estado. O Missouri se tornou o primeiro estado a tornar o aborto ilegal logo após a decisão da Suprema Corte. Doze outros estados, incluindo Texas, Idaho e Utah, devem implementar proibições. O aborto, no entanto, provavelmente permanecerá legal no estado de origem da companhia aérea, Washington, bem como na Califórnia, Nevada e Oregon, onde a empresa tem grande presença.
“Embora as questões sejam profundamente pessoais, este é um evento muito público e sei que pode gerar dúvidas sobre como a Alaska e a Horizon fornecem acesso à assistência médica por meio de seus programas de benefícios”, comentou o vice-presidente de pessoas do Alasca, Andy Schneider. “A decisão de hoje da Suprema Corte não muda o que fazemos”.
Schneider assegurou aos funcionários em um memorando interno que a Alaska Airlines continuaria a oferecer benefícios de seguro de saúde que inclui “reembolso de viagens para certos procedimentos e tratamentos médicos se eles não estiverem disponíveis onde você mora”.
A Associação de Comissários de Bordo (AFA-CWA), que representa os membros da tripulação da Alasca, reconheceu que seus membros “têm uma ampla gama de crenças pessoais sobre o tema do aborto”. Mas a presidente da AFA, Sara Nelson, insistiu que “o direito de cada um de nós fazer suas próprias escolhas sobre nossos empregos, nossos corpos e nosso futuro é fundamental”.
Nelson pediu à administração das companhias aéreas que se manifestasse e lutasse pela qualidade, mas a Alaska Airlines é até agora a única companhia aérea a ter abordado publicamente a decisão.
