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Alibaba anuncia mais 800 voos regulares entre a China e o resto do mundo

Avião Boeing 747-400F Atlas Air
Atlas Air e Latam Cargo são parceiras na Cainiao no processo de expansão.

A Cainiao Smart Logistics Network, subsidiária de logística da multinacional chinesa Alibaba Group, anunciou uma grande expansão para atender o aumento da demanda global por mercadorias da China. A empresa expandirá as rotas internacionais de carga em mais de 800 voos até o final de 2021.

De acordo com a agência chinesa Pandaily, a empresa revelou um plano estratégico para implementar uma cadeia global de suprimentos de tecnologia baseada na ilha chinesa de Hainan. O local sediará uma zona franca, com políticas fiscais flexíveis. Como parte desta ampliação estratégica, estão novas rotas que conectarão a ilha a destinos no Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e na Europa

Em abril, a Cainiao começou a operar voos cargueiros diários entre Cingapura e Hainan para transportar produtos de luxo isentos de imposto. A operação foi implementada como estratégica, já que as restrições de viagens por causa da pandemia têm impedido a saída de consumidores chineses no continente e os chineses com mais dinheiro querem continuar comprando.

Crescimento

No final de 2020, a Cainiao, junto com outros investidores, comprou 31% da Air China Cargo. Até então, a empresa exclusivamente fretava aeronaves para o despacho das encomendas compradas pela plataforma AliExpress. No início deste ano, a norte-americana Atlas Air e a sul-americana LATAM Cargo anunciaram uma parceria para o transporte de carga da empresa chinesa.

Hainan é a maior Zona Econômica Especial da China e um porto importante ao longo da Rota da Seda Marítima do século 21. Em 1º de junho de 2020, as autoridades chinesas divulgaram o Plano Diretor para a Construção do Porto de Livre Comércio de Hainan para transformar toda a província da ilha em um porto de livre comércio (FTP).

A China tem investido fortemente para ampliar sua participação do mercado internacional de diversos produtos, sobretudo itens de luxo. Segundo relatório da consultoria Bain & Company, o mercado global de luxo encolheu 23% em 2020, mas o consumo de bens de luxo na China aumentou 48%. A participação do país no mercado de luxo mundial cresceu de 11% em 2019 para 20% em 2020 e deve se expandir ainda mais em 2021.

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