Em meio a vários anúncios de empresas aéreas se despedindo e titubeando para retornar aos voos por conta de incertezas quanto a demanda, a Amaszonas Bolívia pegou a todos de surpresa no final de maio ao anunciar que iniciaria voos regulares ao Brasil. Embora os planos continuem válidos, houve uma alteração.
Um banner foi publicado no seu site e na imprensa, convidando os passageiros a experimentarem seus serviços, já a partir de 11 de junho (ontem). No entanto, devido às medidas restritivas a mobilidade de estrangeiros, que o Brasil ainda impõe até o final de junho, a empresa pode ter achado melhor postergar um pouco mais os planos.
Quando começam os voos
Segundo dados atualizados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a nova previsão é de que os voos comecem no dia 1 de julho, seguindo a mesma programação anterior, ou seja:
A rota será operada em frequências diárias. O voo 430 parte de Santa Cruz de la Sierra às 12:10 e chega a SP às 15h55. Na volta, o voo 431 decola de Guarulhos às 16h50 rumo à Santa Cruz de la Sierra, onde pousa duas horas depois.
A nova rota será operada com os novos Embraer E190 que a empresa recebeu no final do ano passado. A aeronave tem configuração interna totalmente de classe econômica, com capacidade para 112 passageiros dispostos em fileiras de dois assentos.
Repatriação
Após operar um punhado de voos de repatriação nos últimos meses, parece que a empresa boliviana sentiu firmeza na operação e a transformará em algo regular.
A ideia da empresa é oferecer não apenas uma alternativa a bolivianos que viajam para trabalhar no Brasil, mas também levar turistas brasileiros ao país andino, sobretudo oferecendo conexões a outros locais turísticos como Cusco, a porta de entrada para Machu Picchu e um dos destinos preferidos dos brasileiros. Além disso, a empresa possui parceria com a Gol, que alimenta os voos da Amas.
Assim como as demais empresas aéreas do mundo, a Amaszonas também tem enfrentado dificuldades e apresentou um plano ao governo boliviano, complementar ao apresentado pela empresa estatal Boliviana de Aviación. Dentre as demandas do setor estão a flexibilização de impostos e taxas, acesso a linhas de crédito e subsídios sobre o combustível de aviação.