American Airlines procura por ‘pechinchas’ no mercado de aviões

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A330 da American: companhia aposentou exemplares para sobreviver à crise

O vice-presidente de Planejamento de Rede e Programação da American Airlines, Brian Znotins, admitiu a possibilidade de a companhia encomendar novas aeronaves no médio prazo, ao contrário do que vem sendo especulado pelo mercado. A condição, contudo, é que nas aeronaves precisam ser “suficientemente baratas” para serem compradas.

A revelação foi feita por Gary Leff, co-fundador do portal InsideFlyer.com e articulista do site View From The Wing. Segundo Leff, em uma reunião realizada com diretores, o CEO da American Airlines, Doug Parker, disse que não tinha planos de ampliar ou renovar a frota da empresa nos próximos anos.

No entanto, Brian Znotins, responsável pelo planejamento de rede da companhia, disse que via possibilidade de novas aquisições para entrega futura, desde que o preço fosse conveniente. “Quando as pessoas me perguntam, como planejador de rede, ‘qual é o meu avião favorito?’ É o mais barato, eu respondo”. Em seguida, Znotin disse que se o preço fosse justo, comprariam novos aviões.

Crise

A American Airlines enfrenta uma grave crise financeira, com as maiores dívidas entre as transportadoras aéreas dos Estados Unidos. A companhia reduziu sua frota com a aposentadoria de unidades de grandes aeronaves como o Airbus A330, Boeing 767 e Boeing 757.

Mas as coisas estão melhorando. De acordo com o jornal Valor Econômico, a empresa concluiu, recentemente, a primeira parte de uma operação de captação de US$ 10 bilhões por meio de dívidas, a maior na história do setor, o que mostra confiança de investidores. A American também anunciou a suspensão do plano de demitir até 13 mil funcionários em todo o mundo como resultado do pacote de ajuda econômica aprovado pelo governo norte-americano.

“Se a Airbus ou a Boeing vierem até nós com um acordo muito bom e algo que possamos administrar dentro de nossa orientação de capacidade, ouviremos” disse Znotin. Para o executivo, o mercado de aviões vive um momento muito difícil para todos e talvez seja o momento para “tirar proveito de alguns preços baixos”.

No entanto, ressalta que é preciso ter cautela. “Temos que fazer isso dentro das nossas restrições de caixa para sermos capazes de financiar esses aviões. E temos que ser capazes de fazer isso dentro de nossas limitações de capacidade. Não podemos colocar muita capacidade no mercado que nos colocará à frente da demanda e diminuirá os rendimentos e, por fim, resultará em menor lucratividade”, completa Znotin.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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