Americano que deu piti no check-in da GOL explica como resolveu o seu problema

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Um passageiro americano, que foi impedido de embarcar em São Luís após a GOL pedir seu Green Card, conta como conseguiu voltar para os EUA.

Avião Boeing 737-700 Gol Linhas Aéreas

Tudo começou com um grande mal-entendido por parte do atendente da empresa aérea, já que um cidadão americano não precisaria de um comprovante de residência (Green Card), exatamente por ter nascido e ter um passaporte dos EUA. As coisas se complicaram, pois mesmo após o agente da GOL ter reconhecido o erro da exigência do documento, solicitou um teste de Covid-19 que não é exigido nos EUA e nem pela American Airlines, empresa na qual o americano faria o voo para o seu país, depois que pousasse em São Paulo.

Quando tudo foi esclarecido, o avião já tinha partido de São Luís para São Paulo e o passageiro exigiu uma solução da GOL. Como alternativa, a companhia sugeriu que ele comprasse uma nova passagem, mas apenas no dia seguinte, quando central de reservas teria um especialista em bilhetes comprados em outras empresas – no caso dele, a GOL não conseguiu remarcar porque a passagem foi comprada pela American, dentro do acordo de codeshare.

Para completar a situação constrangedora, desconsolado, o passageiro perdeu o controle e teve que ser gentilmente retirado pela Polícia Federal, além de ter que “se virar para encontrar uma solução”.

Dias passados desde a confusão, o passageiro finalmente retornou aos EUA e explicou como se desenrolou a situação com uma nova publicação no FlyerTalk.

Quero ligar para o meu tio

Ele conta que tentou ligar para a GOL durante toda a manhã de sábado (20), mas não conseguiu resolver o seu problema. Segundo ele, “teve que ligar para o escritório da American Airlines em São Paulo, já em estado de pânico”.

O atendente da American acabou passando a bola para o supervisor, que conseguiu colocá-lo num voo na noite de sábado, para seu alívio.

A empresa americana também teria dado a ele um panorama do erro da GOL.

Divulgação – Boeing

Segundo ele relatou, a American disse que isso acontece 2 ou 3 vezes por semana, então o escritório de São Paulo está bem acostumado a lidar com o problema, e está tomando providências com a GOL antes que a parceria entre as empresas seja expandida.

Um dos problemas é que os funcionários da GOL não têm acesso à ferramenta TIMATIC da IATA, que é inclusive embutida no sistema de reserva dela, o Amadeus, mas é cobrada como um recurso à parte por não ser da fabricante do sistema.

Neste sistema, basta inserir a nacionalidade do passageiro, o país de seu passaporte, os aeroportos de saída, a conexão e chegada, e pronto, terá uma lista completa e atualizada sobre a documentação necessária para embarque, mais preciso, impossível. Sem essa ferramenta aos colaboradores nos aeroportos, eles têm que ligar para uma central para fazer uma consulta, que pode demorar até 45 minutos.

Outro ponto destacado pelo passageiro é que o Aeroporto de São Luís não conta com leitores de passaporte, o que atrasa ainda mais o processo.

Alguns passageiros que comentaram no fórum FlyerTalk respondendo ao americano, afirmaram que sempre compram o trecho doméstico separado no Brasil por temerem estes problemas ou por já terem enfrentado coisas similares.

Entramos em contato com a GOL ainda ontem, e a empresa enviou o seguinte posicionamento:

A atenção total às necessidades dos Clientes é uma das prioridades da GOL. A Companhia não registrou incidente no aeroporto de São Luís-MA envolvendo o Cliente tal como descrito –que já partiu para o destino. Apenas foi solicitado que se apresentasse o resultado de um novo teste RT-PCR, pois o prazo do exame apresentado se esgotaria antes da chegada aos EUA, como recomendado em contato com a Companhia parceira e registrado pelo sistema Timatic, presente em todas as bases da GOL e de onde sempre são consultadas todas as documentações necessárias para viagens internacionais.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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