O governo angolano planeja iniciar o processo de privatização da TAAG Angola Airlines em 2026. O objetivo é encontrar um parceiro estratégico internacional que ajude a reduzir os custos operacionais e ampliar a presença global da companhia aérea, conforme afirmou o Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu.
Até lá, a TAAG continuará seu processo de reestruturação, parte de um plano estratégico de crescimento de cinco anos para fortalecer a empresa antes da privatização, informou a imprensa local.
Segundo d’Abreu, o tamanho da participação a ser oferecida ainda não foi definido, mas será “significativa” para garantir mais investimentos no desenvolvimento das linhas de negócio da companhia e assegurar um modelo de negócios mais sustentável.
Apesar de a TAAG ter registrado lucro pela primeira vez em anos, de AOA460 milhões (USD 499.000) em 2022, sua posição financeira ainda é frágil, com um prejuízo operacional de AOA90,1 bilhões (USD 97,7 milhões) em 2023.
Este desempenho foi prejudicado principalmente pelo aumento dos custos operacionais, como serviços de terceiros e leasing de aeronaves, além da alta nos preços do combustível JET-A1, conforme relatório do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).
A estratégia de crescimento da TAAG inclui a modernização de sua frota. A entrega do primeiro Boeing 787-9 foi adiada para fevereiro de 2025, com um segundo para maio. Além disso, o primeiro Boeing 787-10 está previsto também para fevereiro de 2025. A frota atual de longo alcance inclui três Boeing 777-200ER e cinco Boeing 777-300ER.
A modernização também abrange a frota regional com a introdução do A220-300, cuja primeira aeronave chegou em setembro, iniciando operações em novembro. Espera-se que o segundo e terceiro A220 cheguem no primeiro trimestre de 2025. A companhia planeja adicionar quinze A220, substituindo gradualmente os cinco 737-700 em operação.
